Seremos milhões de lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais, pessoas intersexo e demais orientações sexuais e identidades de gênero não cishetetonormativos fervendo nas ruas da maior cidade da América Latina. E fervo também é luta.
Será lindo!
Nesta edição, a retomada do verde amarelo virou tarefa desde o show da Madonna, quando a rainha do pop, ao lado da drag mais amada, Pablo Vittar, balançou a bandeira do Brasil, em um show dedicado à livre expressão do desejo, da libido, dos corpos e do amor.
Sabemos que os símbolos do Estado Nacional e as cores verde – da Casa de Bragança, da qual Dom Pedro I pertencia – e o amarelo – representando a Casa de Habsburgo – têm uma referência reacionária.
Também lembramos que o Bolsonarismo se apropriou dessas mesmas cores, se arvorando como patriotas, mas pra defender justamente políticas contra o povo brasileiro e o nosso país. Vestiram o verde amarelo pra destruir o Brasil e nos colocar em posição subserviente aos países do Norte Global.
Mas a verdade é que somos nós, os movimentos sociais brasileiros, que defendemos o nosso país, as demandas do nosso povo.
Não somos um movimento de minoria. Não nos satisfazemos em defender direitos e combater as violências contra nós LGBTI+, por mais legítimo e urgente que isso seja.
Defendemos o fim da repressão sexual e a imposição de gênero que afetam toda a classe trabalhadora. E isso é fundamental para construir outro futuro, livre da exploração, opressões e dominação de classe.
Por isso, hoje, vestir o verde e amarelo, junto com todas as cores do nosso orgulho, têm um conteúdo progressista, com instinto de maioria, mostrando quem de fato defende o Brasil, um país do Sul Global do mundo.
Nós, no país que mais mata pessoas LGBTI+, levantaremos bem alto a defesa do nosso país, por um Brasil de todas as cores.
Estaremos nas ruas contra o conservadorismo, contra a caretice e a cafonice de uma extrema direita que nos quer mortas porque não conseguem conviver com o nosso brilho!
Também quremos políticas públicas efetivas e financiamento em defesa dos nossos direitos. Não queremos RG transfóbico. Queremos ter o direito de fazer xixi em paz! Isso é o mínimo que merecemos, e vamos lutar por tudo o nos foi prometido quando lutamos, nas urnas e nas ruas, pra derrotar Bolsonaro e eleger Lula presidente.
Está na hora de derrotar o bolsonarismo de uma vez por todas, eleger Boulos aqui em SP e disputar os espaços de poder em todo o Brasil, enchendo as câmaras com o nosso brilho, votando em lgbti+ comprometidas com as nossas pautas.
Queremos um Brasil soberano, solidário e amoroso.
Então, vamos beijar na boca, vamos se pegar, vamos se colocar, com muito tesão, com muito cuidado e amor.
Viva a história de luta do movimento LGBTI+ brasileiro, viva o nosso Brasil! Viva a maior parada do mundo!
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