No primeiro dia, o curso dedicou-se ao estudo da experiência do Partido Bolchevique. Com base em textos como “O que fazer?” de Lênin, “A revolução traída” de Trotsky e “A política do tempo partido” de Daniel Bensaid, o debate buscou refletir sobre a universalidade e as particularidades da teoria revolucionária que orientou o processo revolucionário russo de 1917 e as lições desse processo, após a burocratização do estado soviético e a restauração capitalista. Ainda no primeiro dia, estudamos sobre a experiência do Partido dos Panteras Negras, de 1966 a 1982, e a rica experiência de um Partido que buscou combinar a luta antirracista no coração do imperialismo com a luta anticapitalista internacional, trazendo à tona o debate sobre trabalho de base nos territórios, a luta contra a guerra no Vietnã e o papel da juventude negra na organização da auto-defesa contra a repressão policial racista.
No segundo dia de escola, o tema central foi a discussão sobre a vigência da hipótese comunista nos dias atuais, em tempos de refluxo da luta de classes e de crises e fragmentações da esquerda revolucionária no século XXI. Textos de autores como Josep Maria Atentas, Paul Le Blanc, Paulo Aguena e Valério Arcary foram bastante úteis para refletir sobre as rupturas e crises que atravessam a esquerda revolucionária mundial na América Latina, Europa e Estados Unidos.
A Escola de Formação foi muito positiva não só pelo estudo e reflexão teórica possibilitado, mas também para o fortalecimento da integração e dos laços de cooperação e solidariedade na militância entre os quadros da organização.
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