O ano de 2024 é decisivo para o futuro de Franca e do Brasil. No ano em que completa seu bicentenário, a cidade vive uma crise social e econômica histórica. Nunca tantas pessoas dormiram nas ruas, enquanto milhares dependem do trabalho informal, costurando sapatos na garagem sem saber quanto terão no final do mês para pagar as contas. Governada há 20 anos pelas mesmas ideias, Franca vive um momento de estagnação econômica e ausência de perspectiva de futuro.
A eleição de Lula em 2024 foi a maior vitória democrática desde a derrubada da ditadura militar no Brasil. Mas não podemos subestimar o tamanho dos nossos desafios. A derrota de Jair Bolsonaro nas urnas, por estreita margem, não significou a erradicação das suas ideias políticas autoritárias e retrógradas. O bolsonarismo segue sendo uma força política poderosa no país, à frente de estados como São Paulo e com vasta representação parlamentar.
Em Franca, as forças da direita estão se articulando em torno de uma ampla coligação para reeleger o prefeito Alexandre Ferreira (MDB). Até mesmo sua adversária no 2º turno das últimas eleições está se somando nesse projeto, a partir de uma negociação de bastidores envolvendo o secretário de Governo do governador Tarcísio, Gilberto Kassab (PSD).
Na extrema-direita, quem vai concorrer mais uma vez é o ex-vice-prefeito João Rocha (União Brasil), alinhado com o bolsonarismo e apontando para o passado. O conservadorismo é majoritário na política local. Em 2022, Bolsonaro recebeu 63,88% dos votos no 2º turno na cidade. Dos 15 vereadores da Câmara, 14 são de direita.
Apenas a esquerda é capaz de apresentar um projeto para o futuro da cidade e impedir uma reeleição confortável do prefeito no 1º turno ou um 2º turno disputado entre a direita e a extrema-direita. As pesquisas apontam que a unidade da esquerda em torno de um nome viável é capaz de levar o nosso campo para o 2º turno pela primeira vez na história da cidade.
Apenas a esquerda é capaz de apresentar um projeto para o futuro da cidade e impedir uma reeleição confortável do prefeito no 1º turno ou um 2º turno disputado entre a direita e a extrema-direita. As pesquisas apontam que a unidade da esquerda em torno de um nome viável é capaz de levar o nosso campo para o 2º turno pela primeira vez na história da cidade.
Felizmente, a esquerda tem excelentes nomes para cumprir essa tarefa em todos os partidos. Mas é preciso responsabilidade de todas as partes para colocar a necessidade da unidade acima dos projetos individuais. Todos têm legitimidade para apresentar suas pré-candidaturas, mas é preciso que os partidos discutam a necessidade da unidade não a partir de qual número estará na urna, mas de qual nome tem as melhores condições de chegar ao 2º turno.
A esquerda francana está diante de dois caminhos: se unir em torno do nome mais viável e disputar a ida para o 2º turno ou se dividir em múltiplas candidaturas e entregar a eleição para a direita. Nenhum partido ou pré-candidatura deveria se sentir autossuficiente e colocar seus projetos acima da unidade do nosso campo.
Os hegemonismos e vaidades de cada parte não são bem-vindas no momento em que vivemos e só vão levar o nosso campo à desunião e derrota. Por isso, chamamos todos os partidos da esquerda a aprender com a experiência da vitória de Lula em 2022, colocar a unidade contra a direita e o bolsonarismo em primeiro lugar e construir uma frente programática e eleitoral capaz de disputar o futuro de Franca.
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