Desde a semana passada o estado do Rio de janeiro vêm sofrendo com as fortes chuvas, chegando ao número de quase 280 mm em pouco mais de três dias na baixada fluminense, região mais afetada. Isso tudo acaba sendo uma triste repetição em que os bairros mais pobres são os principais atingidos, com milhares de pessoas perdendo tudo o que têm.
Claramente a frequência desse tipo de acontecimento está aumentando com as mudanças climáticas. Já ultrapassamos o que ambientalistas chamam de ponto de não retorno, ou seja, teremos que conviver com temperaturas e fenômenos climáticos extremos nos próximos anos.
Em um país periférico e altamente desigual e racista como o Brasil essa realidade é ainda mais cruel. Enquanto bairros de elite ainda conseguem ter um pouco mais de resiliência e serem menos afetados, favelas e bairros periféricos com sua maioria de moradores negros estão no “olho do furacão” e as políticas neoliberais são totalmente ineficazes em conter essa situação.
Enquanto bairros de elite ainda conseguem ter um pouco mais de resiliência e serem menos afetados, favelas e bairros periféricos com sua maioria de moradores negros estão no “olho do furacão” e as políticas neoliberais são totalmente ineficazes em conter essa situação.
O jogo de empurra para ver quem é mais culpado entre prefeituras, governos estaduais e federal acaba mascarando que temos um sistema que privilegia o lucro acima das vidas, sem um plano real de infraestrutura e planejamento urbano, atendimento e prevenção a tragédias ambientais assim como a falta de um Estado que ampare a população mais pobre financeiramente e com serviços de saúde e assistência social.
O que hoje ocorre no Rio tende a se espalhar, infelizmente. A época que vivemos requer grande unidade na esquerda em ações de solidariedade e principalmente na elaboração e disputa por medidas concretas imediatas e uma política ecossocialista que busque a superação desse sistema destrutivo para a humanidade.
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