Hoje é o primeiro dia de 2024. Na noite de ano novo, o Estado sionista de Israel continuou o bombardeio sobre a população de Gaza. São mais de dois milhões de pessoas encurraladas, com todos os meios de produção da vida e de subsistência cortados, massacradas e bombardeadas diariamente de maneira indiscriminada, com um saldo de mais de 20 mil mortes civis e a destruição de suas casas, hospitais, escolas, mesquitas, cidades inteiras.
Tal horror é somente equiparável àquele que os próprios judeus sofreram sob o nazi-fascismo. Em ambos, um Estado fortemente armado ataca deliberadamente uma população sob seu domínio.
Vale relembrar que sionismo é uma corrente política entre os judeus; e que o antissemitismo é uma corrente racista cujo ápice foi o extermínio sistemático de judeus na Alemanha nazista. Conhecemos bem o racismo e suas falsificações abertas ou discretas. Lutaremos sempre contra todos os racismos.
Portanto, lutamos contra o antissemitismo. Mas identificar judaísmo e sionismo é falsificar a história. Muitos judeus são contra o sionismo, que é uma vertente política.
Confundir os dois tem um propósito: o sionismo pretende silenciar a todos (judeus e não judeus), impondo uma falsificação histórica grosseira: criminalizar a denúncia dos horrores sionistas igualando-a ao antissemitismo. É uma falsificação deliberada, que vem gerando cenas de horror político, como uma manifestação supostamente em luta contra o antissemitismo realizada na França, na qual participaram defensores históricos do governo de Hitler, como as forças lideradas por Marine Le Pen.
A falsificação ganha escala com a estreita proximidade entre o sionismo, a extrema direita internacional, os governos dos EUA (e ocidentais), e a grande mídia proprietária ocidental. Gastam milhões para borrar a diferença brutal entre antissemitismo e antissionismo e, em especial, a extrema direita israelense. Vão ainda além, e tentam criminalizar as vozes dissidentes. Classes dominantes e governos ocidentais tentam proibir as manifestações contra o horror promovido há meses pelo Estado sionista de extrema direita de Israel contra a população de Gaza. Fizeram isso na Inglaterra, na Alemanha, na França, mas a população não se deixou enganar e enfrentou tais falsificações com multitudinárias manifestações em defesa do povo palestino. As classes populares do mundo inteiro denunciam incessantemente o massacre em curso, a tal ponto que o governo de Israel se encontra crescentemente isolado, pois seus atos são ainda piores do que os praticados pelo antigo regime do apartheid da África do Sul, pois os brancos racistas segregaram os negros, como Israel segrega os palestinos, mas não os bombardearam.
No Brasil, tentam agora silenciar uma corajosa voz de origem judaica, a de Breno Altman, que se dedicou incansavelmente a explicar – com dados, bibliografia, fontes citadas e fatos – as falsificações e os horrores que o Estado sionista de extrema direita de Israel vem realizando.
É inadmissível e vergonhosa a iniciativa da CONIB (Confederação Israelita do Brasil), uma dentre as muitas entidades sem fins lucrativos patrocinadas pela extrema direita israelita no mundo, ao promover a falsificação histórica e tentar ainda ocultar o óbvio – o massacre indiscriminado e a “limpeza étnica” realizados por Israel – atribuindo a Breno Altman a pecha de antissemita! Logo a ele, judeu. A falsificação é grosseira e sionistas tentam disfarçar o seu próprio racismo anti-palestino sob cortinas de fumaça negacionistas da verdade histórica. Mas a verdade está diante de nossos olhos.
Mais grave ainda é a aceitação pela Polícia Federal de uma denúncia oportunista, falsificadora e em defesa da continuação do massacre, que pretende silenciar uma das mais importantes vozes na defesa do povo palestino no Brasil. Este governo não pode ser cúmplice de tal falsificação, que promove apartheid, genocídio, massacre generalizado e limpeza étnica.
Nenhum silêncio se justifica e a omissão nos condena.
Todo o apoio a Breno Altman e ao povo palestino!
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