Influencer Bolsonarista invade o Campus Osasco da Unifesp

Lucas Biagini, de Osasco (SP)

Nesse semestre, vieram à tona vários casos de provocações propagadas pelo MBL e por outras organizações de extrema direita contra universidades públicas. Ocorreram casos semelhantes na FFLCH-USP e na EFLCH-Unifesp realizados pelo mesmo sujeito na última semana.

Do mesmo modo, nessa quarta feira, 20 de setembro, dois bolsonaristas entraram no prédio da EPPEN (Escola Paulista de Política Economia e Négocios) para gravar um vídeo apagando murais artísticos, feitos há 10 anos em um projeto de extensão chamado ”Unifesp Mostra Sua Arte”. Esse projeto ocupou espaços do prédio como o Centro de Convivencia e a área externa. Dentre essas pinturas estavam uma sobre liberdade sexual e outra com símbolos feministas e do movimento negro. Ambas foram apagadas pelos agressores.

Mais uma vez, observa-se uma afronta contra o ensino público de qualidade, discentes, docentes e servidores, por parte de indivíduos fascistas. Pois, além do ataque aos murais, houve desacato aos funcionários e agressões verbais proferidas contra os estudantes, os quais tentaram impedir o vandalismo.

Após horas de tumulto, que ocasionou interrupção de atividades academicas, a polícia foi chamada ao local para lidar com os vândalos. Apesar de fichados, os agentes não os conduziram para delegacia, apenas os liberaram. No dia seguinte, a direção academica protocolou um boletim de ocorrencia e encaminhou um inquérito a polícia federal, denunciando desacato a autoridade, depredação de patrimonio público e uso de imagem indevida.

Nesse sentido, ressalta-se o contínuo ataque de bolsonaritas contra Universidades Públicas, as quais permitem um ambiente de acolhimento e diversidade, promovendo em seu interím um benefício contínuo para a sociedade. Seja em ambito de pesquisa, ensino e extensionismo.

Por fim, as Universidades sempre foram um local de resistencia contra os ataques de extrema direita a toda sociedada. Atitudes como as de quarta feira e outras citadas não serão toleradas dentro de um território construído com luta popular.

Segue abaixo a nota conjunta das entidade estudantis do Campus Osasco