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BRASIL

A escandalosa indicação de Daniela Barbalho ao cargo de Conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Pará

Coordenação Regional da Resistência/PSOL-Pará.
Reprodução / TV Alepa

No último dia 03 de março, os líderes partidários dos partidos MDB, PSDB, PT, União Brasil, PDT, Republicanos, PSD, PTB, PP e Podemos da Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA) indicaram a atual primeira dama do Estado, Daniela Barbalho, a ocupar uma vaga de Conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Pará, vaga aberta a partir da aposentadoria compulsória do ex-conselheiro Nelson Chaves.

Responsável por analisar e julgar as contas do governo estadual, este cargo é de natureza vitalícia e sua remuneração ultrapassa os 35 mil reais mensais.


A existência por si só de um cargo desss tipo – feita por indicação política, de natureza vitalícia e repleta de privilégios – já é absurda, reflete os piores vícios patrimonialistas da formação do Estado burguês brasileiro, porém a indicação despudorada da atual esposa do governador é a demonstração do desprezo da atual oligarquia Barbalho pela luta da sociedade contra o nepotismo e por mais transparência na Administração Pública.

O silêncio da maior parte da mídia e dos partidos, incluindo os de esquerda, expressam uma lamentável adesão acrítica à hegemonia do governante de plantão. Sem crítica e autonomia em relação ao governo por parte das instituições e organizações políticas, não seremos capazes de superar o coronelismo e o clientelismo como fenômenos políticos de nossa região.

É fundamental que a direção do PSOL Pará repudie essa indicação, votando contra a mesma na ALEPA, e as bases populares e sindicais de tradicionais organizações da esquerda como o PT e o PCdoB rompam suas relações de subserviência com o governador e fortaleçam a luta contra o nepotismo em nosso Estado.

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