Morreu ontem aos 60 anos Paulo Afonso Aguena, o “Catatau”, ou ainda “Cata”, como o chamavam todos os seus camaradas. Catatau lutava contra um câncer de fígado extremamente agressivo. Lutou bravamente, como o fez em toda a sua vida, e ontem descansou.
De uma família de origem japonesa do interior de São Paulo, Catatau se uniu ao movimento estudantil quando ingressou na Universidade Federal de São Carlos, ainda no início dos anos 1980. Conheceu a Convergência Socialista, da qual se tornou rapidamente um dos principais dirigentes. Atuou no movimento estudantil e movimento operário, além de ter morado na Argentina nos anos 2000, onde teve uma importante experiência de militância internacional. Como operário da construção civil, foi perseguido pela ditadura, pelo que foi reconhecido como anistiado político pela Comissão da Anistia. Em 2016, junto com outros companheiros, Catatau deixou o PSTU e passou a construir o MAIS (Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista), cuja fusão com a NOS (Nova Organização Socialista) daria mais tarde origem à Resistência, atual corrente interna do PSOL.
Discreto, mas alegre, estudioso obcecado com os detalhes da luta política, Catatau era um dos dirigentes mais queridos de sua geração, sabendo se conectar como ninguém com os militantes das mais variadas origens sociais e idades.
Catatau deixa dois filhos e uma companheira. Deixa também um enorme legado de dedicação, seriedade e ousadia na política e construção partidária. E sobretudo deixará muitas saudades.
O velório será hoje (06/12) das 12h às 16h no Sindicato dos Metroviários de São Paulo: Rua Serra de Japi, 31. Tatuapé
Coordenação Nacional da Resistência-PSOL
Leia em inglês: Paulo Afonso Aguena, “Catatau”, has died
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