A inflação dos alimentos e bebidas já acumula a maior alta no Brasil desde a criação do plano Real, em 1994, e deve piorar após as eleições, na esteira da alta dos combustíveis, que estão com os reajustes represados pelo governo Bolsonaro.
O grupo alimentação e bebidas acumula aumento de 9,54% em 2022. Em 12 meses, a alta do grupo é de 11,71% e a tendência é piorar, já que a previsão é que o governo libere a Petrobrás a reajustar o diesel e a gasolina após 30 de outubro.
O preço médio da gasolina e do diesel nas refinarias brasileiras atingiu a maior defasagem em relação à cotação internacional do petróleo desde junho, segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). No caso do diesel, que tem maior impacto sobre alimentos e bebidas, a defasagem é de 13%, ou R$ 0,74 por litro.
Já a gasolina acumula defasagem de 16%, ou R$ 0,63 abaixo da cotação do mercado internacional, no último dia 26. É a maior defasagem desde o dia 15 de junho.
Fontes da Petrobras dizem que há forte pressão do governo para, ao menos, não aumentar os preços no período eleitoral. A recente contenção de reajustes por parte da Petrobrás joga por terra o argumento do presidente Jair Bolsonaro de que não poderia intervir na política de preços da estatal.
Essa bomba armada pelo governo vai explodir depois da eleição, bem no colo do trabalhador e da população mais pobre.
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