Seis vezes em que Bolsonaro se provou inimigo dos professores


Publicado em: 14 de outubro de 2022

Guilherme Amorim, de São Paulo, SP

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Guilherme Amorim, de São Paulo, SP

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Ouça a Notícia:

1. Defesa de que alunos gravem professores em sala de aula:

Logo após sua eleição em 2018, mesmo antes de tomar posse, Jair Bolsonaro já demonstrava o tratamento que reservaria aos professores e outros profissionais da educação. Em nome da defesa contra uma suposta “doutrinação ideológica” por parte dos docentes, o presidente eleito à época defendeu que os alunos gravassem seus professores, afirmando que “só o mau professor se preocupa com isso aí”.

2. Bolsonaro diz que professores não querem trabalhar:

Em 2020, ano de início da pandemia mundial de Covid-19, Bolsonaro atacou os professores por não estarem dando aulas presenciais, afirmando que “Ficam ouvindo sindicato de professores. Pessoal deve saber como que é composto a ideologia dos sindicatos dos professores pelo Brasil quase todo. É um pessoal de esquerda radical. Para eles tá bom ficar em casa, por dois motivos: primeiro eles ficam em casa e não trabalham, por outro colabora que a garotada não aprenda mais coisas, não volte a se instruir”

3. “Excesso” de professores atrapalha:

Já em 2021, numa conversa a apoiadores na sede do governo, o presidente queixou-se de um suposto “excesso” de professores, afirmando que “(…) o Estado foi muito inchado. Não estou dizendo que não precisa de professor, mas o excesso atrapalha”. Na mesma conversa, reafirmou a censura ideológica aos docentes, afirmando “que não existem mais livros que os pais não gostariam que os filhos tomassem conhecimento na escola e não é pouca coisa, não”

4. Aprovação da PEC dos Precatórios:

Usada para financiar os auxílios sociais na época da eleição e não mexer nos recursos do orçamento secreto, a PEC dos Precatórios atingiu a categoria dos professores em cheio. Alvo de diversas críticas, Bolsonaro se defendeu afirmando que “Olha só o que a esquerda faz. ‘Ah, ele não quer pagar a dívida da professorinha de 20 anos atrás’. É verdade que é o dinheiro da professorinha de 20 anos atrás. Por que o Lula não pagou?”

5. Ataques a Paulo Freire

Como parte de seus ataques ao sistema educacional, Bolsonaro buscou retirar de Paulo Freire o título de patrono da educação brasileira, como parte de uma sistemática campanha para desacreditar o prestigioso educador. Em situações anteriores, o presidente chegou a se referir ao autor como “energúmeno”.

6. Confisco do tempo de serviço durante a pandemia:

Para fechar essa curta lista, de alguns poucos exemplos da postura do presidente para com os professores, nesse ano de 2022 foi sancionada a Lei Complementar 191/22. Essa lei prevê que o período de maio de 2020 a dezembro de 2021, a fase mais aguda da pandemia, não contará para efeito de obtenção de eventuais direitos que constem em planos de carreira, como adicionais, licença-prêmio, anuênios, quinquênios e outros.

FONTES:

https://veja.abril.com.br/politica/bolsonaro-defende-gravacao-de-professores-por-alunos-em-sala-de-aula/

https://www.sinteal.org.br/2020/09/bolsonaro-ataca-professores-e-diz-que-eles-nao-querem-trabalhar/

https://educacao.uol.com.br/noticias/agencia-estado/2021/09/16/bolsonaro-diz-a-apoiadores-que-excesso-de-professores-atrapalha.htm

https://www.correiobraziliense.com.br/euestudante/trabalho-e-formacao/2021/11/4965833-bolsonaro-volta-a-atacar-professores-ao-falar-sobre-a-pec-dos-precatorios.html

https://www.deverdeclasse.org/l/tempo-de-servico-dos-servidores-publicos/

https://oglobo.globo.com/brasil/bolsonaro-diz-que-vai-mudar-patrono-da-educacao-brasileira-titulo-conferido-paulo-freire-23630439

https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/12/16/bolsonaro-chama-paulo-freire-de-energumeno-e-diz-que-tv-escola-deseduca.ghtml


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