Pular para o conteúdo
BRASIL

PSOL vai ampliar mobilização no 2º turno para eleger Lula presidente

PSOL
Lula em comício
Ricardo Stuckert

A Executiva Nacional do PSOL se reuniu nesta sexta-feira (7) e aprovou uma resolução política para ampliar a mobilização nas ruas para eleger Lula presidente no 2º turno das eleições, que acontece no próximo dia 30 de outubro.

Mesmo com o uso indiscriminado de recursos públicos pela gestão Bolsonaro, através do orçamento secreto e outras iniciativas eleitoreiras, Lula venceu o primeiro turno e esteve a 1,57% dos votos de terminar a eleição sem a necessidade de um segundo turno. Foi a 1ª vez que um presidente em exercício do mandato não terminou na frente o primeiro turno em busca de reeleição.

O PSOL teve votações históricas e muito representativas pelo Brasil, com as pioneiras eleições das indígenas Sonia Guajajara (SP) e Célia Xakriabá (MG) e da primeira deputada federal trans Érika Hilton (SP) para a Câmara dos Deputados, assim como a eleição de Guilherme Boulos como o deputado federal mais votado de São Paulo e Talíria Petrone e Renata Souza, duas mulheres negras, como as mais votadas do Rio de Janeiro, uma para deputada federal e a outra para estadual.

O partido colocará todo esse acúmulo político e eleitoral a serviço da vitória de Lula neste segundo turno. Serão convocadas plenárias de juventude, negros e negras, mulheres, sindicatos e de todos os militantes do PSOL nos estados para mobilizar a participação do partido nestas semanas decisivas da história democrática brasileira.

Em estados onde o PSOL e outros partidos de esquerda tiveram táticas eleitorais distintas para as disputas estaduais no 1º turno, será realizado um esforço para a promoção da mais ampla unidade em torno de Lula nestas próximas semanas.

Leia a resolução na íntegra:

AMPLIAR A MOBILIZAÇÃO PARA ELEGER LULA PRESIDENTE!

1. Lula venceu as eleições no primeiro turno com mais de seis milhões de votos de vantagem. Faltaram 1,57% dos votos para terminar a eleição no primeiro turno. Esse triunfo se mostra ainda mais relevante quando consideramos que enfrentamos um adversário que fez uso de recursos absolutamente desiguais. Além de mudar a Constituição para poder despejar recursos públicos entre os mais pobres, Bolsonaro fez uso do Orçamento Secreto durante a campanha, além de disseminar o medo e a violência contra seus adversários.

2. A vitória de Lula no primeiro turno, portanto, é incontestável. Ainda mais se consideramos que, pela primeira vez na história, um presidente em pleno exercício do mandato termina o primeiro turno em segundo lugar. Mas essa vitória não pode esconder o fato de que o bolsonarismo também mostrou força, especialmente nas eleições para o Senado e em estados numericamente expressivos, como RS, MG, SP e RJ. Essa força inviabilizou uma vitória de Lula no primeiro turno.

3. Isso demonstra que enfrentaremos um segundo turno duríssimo, como já ficou evidente nos primeiros dias de campanha. A “guerra religiosa” travada no submundo dos grupos de mensagens é só um retrato do que iremos enfrentar. Por isso, o apoio de candidatos derrotados no primeiro turno é tão importante. Até aqui, já declaram apoio a Lula as candidaturas de Simone Tebet (MDB), Ciro Gome (PDT), Leo Péricles (UP) e Sofia Manzano (PCB), além de partidos como o Cidadania.

4. Mas esses apoios em si não são suficientes. É preciso seguir dialogando com os eleitores que optaram por outra candidatura de oposição no primeiro para garantir esses votos. No segundo turno, o único candidato de oposição a Bolsonaro é Lula. E todos aqueles que quiserem um Brasil minimamente democrático devem apoiá-lo. Por isso a mobilização é chave. Precisamos seguir atuando para garantir a vitória de Lula.

5. O PSOL fará, no momento oportuno, um balanço do processo eleitoral. Mas é inegável que o partido saiu fortalecido. A ampliação de sua bancada federal; a presença de nossas primeiras deputadas federais indígenas, Sonia Guajajara e Célia Xakryabá, assim como de nossa primeira deputada federal trans, Erika Hilton; o crescimento da bancada de deputadas e deputados estaduais; as votação expressivas de candidatos e candidatas a governo e Senado; a extraordinária votação de Guilherme Boulos – mais de 1 milhão de votos; Eleição de Taliria Petrone e Renata Souza, duas mulheres negras, como as deputadas mais votadas da esquerda no Rio de Janeiro; a reeleição de Fernanda Melcchiona, Samia Bomfim, Glauber Braga, Luiza Erundina e a eleição de Tarcísio, Chico Alencar e Henrique Vieira; Tudo isso deve ser colocado à serviço da vitória de Lula.

6. Para isso, apontamos as seguintes iniciativas:

– Manutenção, quando possível, da estrutura de campanha do PSOL no primeiro turno, colocando essa estrutura à serviço da campanha Lula Presidente;

-Convocar plenárias estaduais do PSOL para mobilizar e articular nossa militância para ocupar as ruas no segundo turno;

– Convocar plenárias de mobilização setoriais (juventudes, negros e negras, mulheres, sindicatos), sempre que possível de forma unitária;

– Ocupar com nossas candidatas e candidatos eleitos todos os espaços de imprensa possível para fortalecer o chamado à mobilização da campanha Lula Presidente;

– Integrar, sempre que possível, o comando da campanha Lula Presidente nos estados onde o PSOL e demais partidos tiveram táticas eleitorais distintas no primeiro turno;

– Realizar uma plenária nacional de mobilização on-line com nossa bancada federal eleita para estimular nossa militância a fortalecer a campanha Lula Presidente.

– Produzir material de comunicação da campanha Lula no segundo turno para divulgação e distribuição nas redes sociais

-Divulgar a “Carta à Militância”, com objetivo de transmitir ânimo e encorajamento para a militância ocupar as ruas.

Executiva Nacional do PSOL
7 de outubro de 2022

Marcado como:
lula / psol / segundo turno