Na última quarta-feira (14), a professora Sônia Meire, candidata a deputada federal pelo PSOL em Sergipe, denunciou um ataque por parte de bolsonaristas durante atividade de campanha em um bairro da cidade de Aracaju, capital do Estado.
De acordo com vídeo divulgado nas redes sociais (abaixo), a professora, que é colunista do EOL, disse que, por volta das 7h, estava realizando panfletagem em um semáforo na Farolândia, zona sul de Aracaju, quando motoristas bolsonaristas em três carros fizeram xingamentos e ameaças. “Incomodaram-se até com as minhas roupas”, diz Sônia. Um dos motoristas, inclusive estava ao lado de uma criança de cerca de sete anos, disse que a professora não devia usar camisa amarela, pois esta cor era apenas de brasileiros e brasileiras. Outro chegou a colocar o braço para fora dizendo que a professora deveria ir para Cuba Foi quando ela se afastou para não ser agredida fisicamente.
“Nós vivemos em uma sociedade violenta e que infelizmente, muitos homens não aceitam que uma mulher possa se colocar politicamente. Com o governo Bolsonaro essas pessoas se sentiram incentivadas e isto está no centro do nosso debate na campanha, não só o combate a violência política, mas também depois, a violência contra as mulheres não terminam quando terminam as eleições”, relata Sônia, ao falar do caso.
Campanha de Lula pede ao TSE medidas contra violência política
A campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou com pedido no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que tome providências sobre os recorrentes casos de intolerância e violência política na atual campanha. Os partidos que sustentam a candidatura do ex-presidente pedem a criação de um canal direto no site do tribunal para que possam ser feitas denúncias sobre novos atos de agressão.
De acordo com a campanha, os episódios são parte de uma estratégia coordenada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seguida por seus apoiadores. “A escalada de violência não é ao acaso, é fruto do modus operandi idealizado e aplicado por Bolsonaro através da construção do ideário de intolerância e polarização”, diz a ação.
O documento, protocolado pelos escritórios Aragão e Ferrara e Zanin Martins, que atendem à campanha, lista uma série de exemplos de publicações coordenadas em redes sociais, com termos como “CPF Cancelado” e “menos um eleitor do Lula”. A ação diz ainda que a violência “constitui um verdadeiro ativo político do presidente e uma ameaça ao sistema eleitoral e consequentemente, à democracia”
*Com informações da Folha de S. Paulo
Comentários