O Toalhaço em Fortaleza aconteceu no fim da tarde do dia 20 de agosto, por iniciativa das participantes do 3° Encontro de Mulheres do SINASEFE – Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica. Centenas de mulheres com toalhas do Lula, adereço que vem sendo adotado pelos seus eleitores, saíram em passeata do Hotel em que o evento acontecia até à Praia de Iracema.
Maíra Martins, da Coordenação de Políticas para Mulheres do SINASEFE , do Sinasefe IFSP-SP, fala sobre a organização do Toalhaço: “Dia 16 tinha iniciado a campanha e eu estava ali, dia 18, diante de mais de 500 mulheres vindas de todo o Brasil prontas pra derrubar o fascismo, cheias de esperança. A programação estava apertada, não tinha espaço pra nada. Então cochichei a ideia de um toalhaço no ouvido da Artemis, ela topou. Eu propus pras 500 mulheres na plenária e todas toparam.
Na sexta, já tinha uma barraca na porta do evento vendendo as toalhas…
Sábado tomamos as ruas até a Praia de Iracema, a população acenava positivamente nas janelas. Foi maravilhoso, saímos dali cheias de energia para a campanha!”
Ao chegarem na areia da praia, as mulheres formaram a palavra “Lula”, agitando as suas toalhas. Elas entoaram palavras de ordem contra o machismo, racismo e LGBTfobia, em defesa de Lula e pelo Fora Bolsonaro. Grazielle Felicio, da Coordenação Sinasefe-SP, fala sobre a sensação de vivenciar essa experiência: “Participar do toalhaço foi uma experiência única, pois mostrou a força das mulheres em serem protagonistas de um ato que entrou para a história. Ver o apoio da população com suas toalhas estendidas nas janelas foi muito incrível também”.
E por que Toalhaço? Artemis Martins*, da Coordenação Geral do SINASEFE e do Sindsifce-CE, finaliza explicando e fazendo um chamado para que esse ato inusitado, mas cheio de significado, se espalhe pelo país e que carregue a esperança de dias melhores, que virão com nossa força e disposição de luta:
“Nem nas vitrines de luxo, nem nas lojas de departamento: o ícone da campanha eleitoral de 2022 está espalhado pelas esquinas do país. Nas feiras, camelódromos, secando debaixo de sol e chuva sobre os corpos do povo. Ela é vista por toda parte, assim como mulheres e homens que perambulam Brasil a fora teimando em sobreviver. Balança em varais improvisados, como improvisa quem vive no mundo do trabalho sem trabalho. Nossa bandeira, que “jamais seria vermelha”, virou toalha e símbolo da onda de agitação que queremos impulsionar no país. Eleger Lula para derrotar Bolsonaro e ocupar as ruas para destruir o bolsonarismo são nossas tarefas urgentes. As mulheres da rede federal de ensino reunidas no seu III Encontro Nacional em Fortaleza, mostraram que, com criatividade, alegria e unidade, outra realidade é possível”.
O evento e o ato evidenciam que as mulheres não se deixam intimidar e fazem política com ousadia e esperança.
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