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MOVIMENTO

Não dá pra esperar… Por uma jornada de lutas contra Bolsonaro já!

Comissão Sindical Nacional da Resistência/PSOL
MTST/Instagram

Ato organizado na última quarta, 8, pelo MTST na praça de alimentação do shopping Iguatemi, em São Paulo, SP.

O país já respira o processo eleitoral do segundo semestre, a polarização eleitoral se consolida entre Lula e Bolsonaro e a sociedade organizada se prepara em todos os estados para a disputa política no Brasil, que vai se inflamar nos próximos meses.

É muito importante ocupar o espaço da disputa eleitoral para organizar a luta de ideias, em defesa de um programa. E que nosso sucesso eleitoral possa ser linha auxiliar da luta por direitos trabalhistas, sociais, civis e democráticos.

As organizações de esquerda precisam eleger parlamentares radicalmente comprometidos com as lutas do povo trabalhador. Como também a unidade em torno da campanha Lula presidente é uma disputa de posições que não podemos abrir mão. A derrota eleitoral da extrema direita é uma tarefa prioritária!

MAS A ELEIÇÃO NÃO RESOLVE TUDO… TOMAR AS RUAS JÁ!

Paralelamente à luta política eleitoral que vai se desenvolvendo, outros processos de luta social também avançam no país. No centro da conjuntura nacional, está a situação da Petrobrás, da inflação dos combustíveis e da crise econômica que castiga a ampla maioria da população pobre e da classe média brasileira.

O governo Bolsonaro é o principal responsável por todas as consequências que estão recaindo nos ombros do povo. A inflação dos alimentos e dos combustíveis, por mais que esteja atingindo várias regiões do mundo, poderia ser menos cruel no Brasil se houvesse mantido e ampliado um sistema de proteção e direitos sociais. Como também a preservação e fortalecimento de empresas públicas estratégicas que poderiam cumprir um papel de primeira linha em situações de emergência e dificuldade da população.

Ao contrário, Bolsonaro e o Congresso Nacional aprovaram a reforma da previdência, flexibilizaram direitos trabalhistas, venderam a Eletrobras, avançaram e querem avançar mais na privatização da Petrobrás privilegiando acionistas estrangeiros. Radicalizaram na implementação do programa neoliberal e a conta está saindo muito cara para sociedade. A renda caiu, o desemprego segue alto, a inflação dos combustíveis bate recorde, voltamos ao mapa da fome e cresce a fila do osso.

Por mais importante que seja a disputa eleitoral, não podemos apostar todas nossas esperanças de mudança desse cenário tenebroso somente com esse caminho. É urgente e necessário organizar uma jornada de lutas com um calendário unificado contra a inflação, contra as privatizações, em defesa do meio ambiente e dos povos originários, pelo aumento do valor e da ampliação do auxílio emergencial para o povo pobre e contra a violência e os despejos na periferia. Como também é preciso ir às ruas em repúdio as ameaças golpistas de Bolsonaro que ameaça a realização normal da eleição no segundo semestre.

A FRENTE BRASIL POPULAR E POVO SEM MEDO PRECISA RETOMAR AS RUAS!

A unidade em torno da campanha Fora Bolsonaro no ano passado foi muito importante para potencializar a mobilização nacional contra o governo.

A direção majoritária do movimento precisa reeditar essa unidade e organizar um calendário nacional de lutas imediatamente para impedir que Bolsonaro e esse congresso nacional reacionário consiga avançar ainda mais nos ataques contra o povo.

Há uma forte pressão dos senhores do mercado para amplificar a implementação do programa neoliberal como solução dos problemas econômicos do país. O que pode resultar em mais ataques aprovados no congresso nacional contra os interesses da classe trabalhadora.

Petroleiros preparam o 5 de julho como uma data nacional em defesa da Petrobrás

Por todas essas razões que não podemos deixar Bolsonaro e sua quadrilha comandada via orçamento secreto, aumentar o estrago nesse apagar das luzes de seus mandatos.

Os petroleiros, através de suas federações e sindicatos, preparam o dia 5 de julho como uma data nacional em defesa da Petrobrás. Podemos nacionalizar e unificar a pauta dos movimentos sociais em torno desse calendário. Não podemos esperar o resultado da eleição em 2022, é preciso retomar as ruas já!