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BRASIL

Cortar salário de grevista: O que é isso, companheiro Edmilson?

Por Will Mota, da Coordenação da Resistência de Belém
Grevistas de Belém
Reprodução

O sindicato dos trabalhadores em educação pública de Belém (SINTEPP Belém) denunciou que infelizmente a prefeitura de Belém cortou os salários dos trabalhadores da educação não-docentes (assistentes administrativos,  merendeiras,  porteiros,  etc.) que estão em greve desde o dia 6 de abril reivindicando receber 1 salário mínimo (R$1212,00) de vencimento base e melhores condições de trabalho. Atualmente,  o salário desses trabalhadores é de R$ 869,26. O governo municipal está propondo elevar o salário para R$ 960,00 e diz que só negocia com a categoria uma possível reposição dos dias parados se a greve for suspensa.

Lamentamos a postura do governo municipal ao longo de todo esse processo de greve, pois não foram poucas as denúncias de assédio moral sobre os grevistas e os exemplos de intransigência e autoritarismo nas negociações e durante as manifestações da categoria.

Ainda tem tempo de a prefeitura voltar atrás em sua postura, pagar os salários cortados e negociar com o sindicato representante da categoria a reposição do trabalho.

Grevistas de Belém

É inadmissível esse tipo de prática antissindical de qualquer governo, ainda mais de um governo que ajudamos a eleger. Não é verdade que os grevistas ou dirigentes da greve são bolsonaristas,  como tem afirmado o prefeito.

Como as mães e pais de família que tiveram seus salários cortados vão sobreviver esse mês de junho? Já ganham salários de fome em meio a uma inflação galopante e ainda tiveram seus contracheques zerados.  Essa situação é absurda e inadmissível por parte de um governo de esquerda.

Edmilson,  pague o salário mínimo e negocie a reposição dos dias parados dos grevistas sem corte de salários!