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MOVIMENTO

Em defesa da UECE, reorganizar o movimento estudantil

João Arthur Ribeiro*, de Fortaleza, CE

Ao longo dos últimos dois anos, a UECE-Universidade Estadual do Ceará esteve fechada para todo o corpo acadêmico em decorrência do contexto da pandemia do Covid-19 enfrentado em todo o mundo. O mínimo que esperávamos no retorno às aulas eram condições de estrutura, sobretudo sanitária, que assegurassem o contato próximo com colegas, professores/as e funcionários/as.

No entanto, a situação encontra-se mais complicada do que imaginávamos. No campus do Itaperi, há blocos com reformas não concluídas, a reabertura do Restaurante Universitário ocorreu somente no dia  11 de abril, depois de iniciado o semestre letivo, sem falar na falta de professores em vários cursos.

Em decorrência disso, no dia 28 de março, no retorno às atividades presenciais na UECE, o movimento estudantil da universidade entrou em ação e discutiu vários pontos considerados fundamentais para um retorno seguro em termos de saúde e segurança sanitária, com exigência do passaporte vacinal, distribuição de máscaras pff2, ampliação de bebedouros, disponibilização de detergentes nos banheiros, salas prontamente reformadas, o retorno urgente do restaurante universitário e a defesa da autonomia financeira da UECE. Essa é uma situação observada tanto no campus do Itaperi, como também no Centro de Humanidades, ambos em Fortaleza. É inadmissível que diante de todo o contexto pandêmico que passamos, retornemos às aulas sem esses equipamentos, indispensáveis para muitos e muitas da comunidade acadêmica. 

Elaboramos um documento com todas essas reivindicações para ser encaminhado à Reitoria, a qual respondeu apenas parcialmente. Assim, muitos blocos seguirão sem estrutura, muitos deles com goteira ou tomados pelos cupins; as bibliotecas seguirão  comprometidas pelas goteiras, etc.

Reorganizar o movimento estudantil da UECE

Além da situação de precarização que nós estudantes da UECE enfrentamos, o movimento estudantil está há 7 anos sem DCE e a maioria dos cursos está sem CA – Centro Acadêmico, nossas entidades representativas mais imediatas.

É preciso superar essa situação pela qual passa o movimento estudantil da UECE, lutando pela reativação dos CAs, com politização, organização e mobilização.

Portanto, tendo em vista a necessidade de seguirmos lutando em defesa da UECE e contra a situação de precarização estrutural que vive nossa universidade, o Afronte entende que a reorganização dos CAs, pela base e com ampla participação dos estudantes, está entre as principais tarefas a ser abraçada pelos estudantes da universidade, nos próximos meses.

* estudante de Ciências Sociais da UECE e militante do Afronte