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BRASIL

Pará: Contribua com a campanha pela não demissão de Glailson Santos

da Redação
Glailson Santos
Divulgação

Diga não à perseguição política no Instituto Evandro Chagas

Desde a greve dos servidores federais de 2015, o servidor Glailson Santos vem sofrendo perseguição política por parte da gestão do IEC. Neste mês de março, o companheiro foi citado e indiciado em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) sumário, sob acusação de inassiduidade habitual, e corre sério risco de ser demitido. Infelizmente, como em várias outras instituições, paira no IEC uma cultura organizacional que estimula o assédio moral como ferramenta de gestão, além do cerceamento da atividade sindical e da sistemática perseguição de lideranças sindicais, sejam delegados de base ou membros da direção do sindicato.

Por isso, contamos com seu apoio e contribuição financeira para ajudar a pagar a defesa de Glailson e garantir que o companheiro não perca seu emprego! Contribua com qualquer valor, para ajudar na campanha de solidariedade. GLAILSON AUGUSTO ROCHA DOS SANTOS

Solidariedade Pela não demissão do companheiro Glailson SantosDivulgação

ABAIXO, UM RELATO DE GLAILSON SOBRE AS SITUAÇÕES DE PERSEGUIÇÃO E ASSÉDIO

“Em 2015, devido a ter atuado no comando de greve, fui retirado do suporte à gestão de projetos do INCT e colocado para atuar no cadastro interno de amostras. Em 09/10/2017 fui removido, de ofício, da Seção de Arbovirologia para a Seção Virologia. Em 15/01/2018 fui novamente removido, de ofício, da Seção de Virologia para a Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório, em um processo especialmente autoritário e que foi encaminhado pela gestão do IEC mesmo diante de protestos da então chefia do setor de Seção de Virologia.

Em 2018, fui comunicado sobre a recusa de minhas justificativas realizadas no sistema de registro de ponto eletrônico, tendo minha chefia anterior lançando como falta injustificada todos os dias em que se verificava falha no registro de frequência desde a greve de 2015 até aquele momento. Esta ex-chefia ignorou as notórias intermitências que acometem o sistema de ponto eletrônico do IEC, os procedimentos previstos na portaria que regula o sistema de pontos do Ministério da Saúde e ainda cerceou meu direito à ampla defesa, uma vez que não tinha mais acesso aos registros internos da seção, os quais poderiam ajudar a fundamentar minha defesa, através da comprovação do trabalho produzido.

O Serviço de Gestão de Pessoas do IEC, também ignorando minha justificativas e ponderações, passou a descontar em folha o montante de cerca de R$ 20 (vinte) mil reais, referentes às supostas faltas do período 2016/2017, realizando tais descontos de forma aleatória, havendo meses em que meu contracheque vinha praticamente zerado. Neste ponto, a assessoria jurídica do sindicato orientou a aceitar os descontos para tentar evitar a abertura de um PAD. Então segui trabalhando normalmente.

Ainda em 2018, fui novamente notificado de novos descontos a serem realizados em folha de pagamento, dessa vez referentes às supostas faltas no período 2015/2016, incluindo os dias paralisados em função da greve, descontos os quais me recusei a reconhecer. Após esta situação foi convidado a assumir uma chefia, mas fui impedido pela morosidade do Serviço de Gestão de Pessoas do IEC, que após 9 meses deste convite, não concretizou minha remoção e condicionou-a ao meu reconhecimento dos “novos descontos” e orientou ainda a minha chefia de então a proceder nova comunicação de faltas e indicar os dias em que atuei no GT de Governança e Gestão como novas faltas injustificadas.

Diante dos fatos, fiz uma denúncia à ouvidoria do Ministério da Saúde, acusando este então chefe de praticar assédio moral e exigi minha remoção, além de contestar a nova notificação de supostas faltas injustificadas. Dessa vez, como tive acesso aos registros internos da seção, consegui comprovar que estava trabalhando na maior parte dos dias comunicados como faltas injustificadas, ainda assim, foram procedidos novos descontos em meu contracheque, a minha revelia.

Finalmente, em dezembro de 2020 fui novamente removido, mas uma vez por ofício, de volta para a Seção de Virologia, onde me encontro lotado atualmente. Meu segue em aberto, não tendo sido fechado pela atual chefia. Cabe ressaltar que, apesar de possuir comorbidade que justificasse o trabalho remoto, segundo critérios estabelecidos no próprio plano de contingência do instituto Evandro Chagas, me vi constrangido a manter atividade presencial, mesmo estando lotado dentro da Seção de Virologia, responsável por receber e processar as amostras de casos suspeitos de COVID-19 em plena pandemia.

Estas são algumas das situações que venho enfrentando em meu ambiente de trabalho desde que participei da greve de 2015. Não tem sido fácil, mas acredito na força da organização dos trabalhadores e na luta em defesa dos nossos direitos! A quem chegar este relato, espero contar com vosso apoio no enfrentamento ao ataque que estou sofrendo, afinal, demitir um pai de família nesta conjuntura beira um ato de profunda crueldade, ainda mais quando a motivação da demissão se trata de perseguição política. À Luta e até nossa vitória!

Saudações revolucionárias,

Glailson Augusto Rocha dos Santos

Assistente Técnico de Gestão em Pesquisa e Investigação Biomédica

SAVIR/IEC/SVS/MS”