Docentes exigem que Zema cumpra o acordado
Profissionais da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) entram em greve nesta sexta-feira (18). A decisão foi tomada por mais de 90% dos presentes na Assembleia da última terça (15).
A reinvindicação da categoria é o cumprimento do acordo feito entre o Estado de Minas Gerais e as universidades estaduais – UEMG e UNIMONTES. Neste acordo, realizado em 2016, ficou decidido, entre outras coisas, que as gratificações seriam incorporadas ao salário básico dos docentes.
Para se ter uma ideia, o salário dos professores vem diminuindo desde 2011, com mais de 10 anos de perdas inflacionárias. E quando docentes entram em licença maternidade ou licença médica, por exemplo, perdem quase 50% dos vencimentos, já que as gratificações deixam de ser pagas. Existem, inclusive, casos absurdos de professores recebendo menos que um salário mínimo de vencimento básico.
As demandas incluem ainda, abertura de concursos públicos para professores e técnicos; fim das designações que precarizam o trabalho; garantia de assistência estudantil, com construção de restaurantes universitários; e, arquivamento do projeto de Recuperação Fiscal (RRF), que caso seja aprovado, congelará salários e investimentos em saúde e educação até 2030, provocando crise no próprio funcionamento das Universidades mineiras.
A luta da UEMG se soma à greve dos profissionais de toda educação de Minas Gerais, inclusive da UNIMONTES e das escolas estaduais, que desde o dia 8 de março, exigem do Governo Zema o pagamento do salário mínimo instituído na Lei Federal do Piso Salarial da Educação.
A Associação dos Docentes da UEMG (ADUEMG), promete uma série de ações para convocar o governador a negociar, pois sem melhorias nas universidades, Minas Gerais não alcançará o desenvolvimento ansiado pelos mineiros.
*Tiago Alves é professor universitário
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