Bolsonaro, assim como fez com outras 20 instituições federais do país, desrespeitou a consulta feita para eleição da reitoria da UFG, não levou em consideração a vontade da maioria da comunidade universitária, que é formada de técnicas e técnicos, docentes e estudantes. Trata-se de uma atitude antidemocrática, expressão do perfil do atual governo federal.
O Conselho Universitário – CONSUNI elegeu a lista tríplice através do chamamento de edital. Lamentamos a não nomeação da professora Sandramara Matias Chaves como reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), que é quem deveria ser empossada.
A nomeação da professora Angelita pelo governo Bolsonaro não expressa uma aproximação da professora com o MEC, muito pelo contrário. O objetivo do desrespeito a consulta é desestabilizar e causar o conflito para induzir um recuo em relação a posse, para que assim o MEC indique um nome por fora da lista tríplice, subserviente ao obscurantismo Bolsonarista.
Importante destacar que a lista tríplice teve indicação de três mulheres que dedicaram parte de sua trajetória acadêmica e profissional aos interesses da UFG e da universidade pública. Aproveitamos a oportunidade para informar que a segunda indicada da lista tríplice, Karla Emmanuela, não é filiada ao PSOL.
Diante dessa complexa situação, condenamos a atitude autoritária de Bolsonaro e defendemos que em unidade com as entidades do movimento sindical e estudantil façam uma assembleia comunitária da UFG para legitimar a posse da professora Angelita como um nome da comunidade Universitária, e não um nome de Bolsonaro. A trajetória e a história política da professora deve ser defendida e respeitada. E nesse momento, mais do que nunca, fortalecida para que uma mulher trabalhadora tome posse com apoio e representação. Não devemos colaborar e dar continuidade à manobra do MEC para indicar um nome bolsonarista.
O Partido Socialismo e Liberdade vem a público reivindicar que a autonomia das Ifes seja defendida, e isso só vai acontecer de fato com um forte movimento que exija mudanças na legislação, que ainda é um entulho da ditadura.
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