Pular para o conteúdo
BRASIL

Rio Grande do Sul vive onda de calor histórica

Fenômeno atinge também Uruguai e Argentina, que sofreu apagão nesta terça-feira

da redação

De acordo com previsões meteorológicas, uma forte onda de calor, acima da média, atingirá o Rio Grande do Sul, o Uruguai e a Argentina a partir desta semana. O fenômeno é fruto de um bloqueio atmosférico que impede a chegada de novas frentes frias na região. A partir desta quarta-feira, 11, as temperaturas devem subir com mais facilidade, podendo chegar a 40ºC em Porto Alegre. O recorde da cidade foi de 40,6ºC, em 2014.

Além do Rio Grande do Sul, na Argentina e no Uruguai os termômetros podem chegar aos 45ºC, atingindo temperaturas que não víamos há décadas. Na Argentina, a temperatura já atingiu 42,8ºC na cidade de San Antonio Oeste, na Patagônia argentina, e um apagão impactou mais de 700 mil pessoas nesta terça-feira na região de Buenos Aires. Cerca de 17 mil pessoas permanecem sem energia por conta do blecaute, provocado pelo alto consumo de energia, em função do forte calor.

157 municípios do Rio Grande do Sul estão desde sábado, 8, em situação de emergência devido ao calor e a estiagem. A situação pode se agravar resultando em queimadas no Oeste do estado e afeta a produção agrícola, provocando graves prejuízos aos produtores rurais, com a redução da safra impactando novamente os preços dos alimentos.

A realidade é duríssima. Em mais um exemplo de racismo ambiental, as periferias de Porto Alegre e das demais cidades devem sofrer as piores consequências. Em suas redes sociais, o vereador Matheus Gomes (PSOL), questionou: “Já temos falta de água no bairro Belém Novo, desde a tarde desta terça-feira. Pergunto: qual o plano de contingência da Prefeitura para a onda de calor? Quais medidas urgentes serão adotadas para proteção e conforto dos portoalegrenses?”

O parlamentar também apontou as razões da tragédia climática: “Proponho uma reflexão: nosso modo de produção capitalista e a relação com o mundo em que vivemos está nos levando ao caos. São necessárias alternativas ecológicas e que transformem nosso planeta”.

Apesar da recusa dos governos e corporações em alterar o curso de destruição do planeta, como vimos na COP 26, não há dúvidas de que essa situação é insustentável e de que precisamos transformá-la, alterando nosso modo de produção, para proteger o futuro e as condições de vida. A luta ecossocialista está na ordem do dia. Afinal de contas, como estamos acompanhando com o calor no Rio Grande do Sul, e com as chuvas na Bahia e Minas Gerais, não há planeta B.

 

LEIA MAIS
Em 2022, adiar o fim do mundo