O PSOL envia neste final de semana uma delegação para acompanhar o segundo turno das eleições presidenciais do Chile, que acontece neste final de semana, para apoiar o candidato da nova esquerda, Gabriel Boric.
As eleições colocam frente a frente Gabriel Boric, representante da Frente Amplio e ex-líder das mobilizações estudantis do país, e José Antonio Kast, representante da extrema-direita e defensor do legado nefasto de Augusto Pinochet.
Para representar o PSOL, viajam neste final de semana Juliano Medeiros, presidente nacional do partido, Guilherme Boulos, pré-candidato ao governo de São Paulo, e Deborah Cavalcante, Secretária de Relações Internacionais do partido.
O segundo turno das eleições chilenas coloca frente a frente projetos opostos de país que surgiram como alternativa após as grandes mobilizações dos últimos anos contra as medidas neoliberais do então presidente Sebástian Piñera.
De um lado, Gabriel Boric representa a nova esquerda que ocupou as ruas chilenas durante toda a última década. Presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (FECH) em 2011, quando eclodiram protestos estudantis contra o modelo chileno de educação privada, Boric foi uma das principais lideranças populares desse período e se elegeu deputado chileno em 2013 como candidato independente. Em 2016 ajudou a criar a Frente Amplio, movimento que reuniu diversos partidos e movimentos de esquerda no país.
Por outro lado está José Antonio Kast, advogado ultraconservador e da extrema direita. Defensor do legado da ditadura de Augusto Pinochet no país, uma das mais sangrentas do continente, propõe, por exemplo, perdoar os condenados por violações dos direitos humanos nas violações dos direitos humanos de Pinochet no Chile. Com sua política anti-imigração, também defende propostas como a criação de uma vala no norte do Chile para impedir a entrada de imigrantes no país, aos moldes do que defendia Donald Trump nos EUA. É conhecido como o “Bolsonaro chileno”.
As pesquisas indicam que Boric está à frente de Kast por margens variáveis, algumas estreitas e outras mais amplas. No Chile, as pesquisas são proibidas nas duas semanas anteriores à eleição.
Comentários