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MOVIMENTO

Congresso de Metroviários de Minas Gerais organiza a luta contra a privatização da CBTU

Pablo Henrique, diretor do Sindimetro/MG
Foto mostra pessoas em cadeiras escolares, com as mãos levantadas, segurando seus crachás. Todas estão usando máscara. A maioria usa camisas pretas, com a logomarca do sindimetro
Reprodução / Sindimetro MG

No último dia 5 de dezembro, encerrou-se o 6o Congresso do Sindimetro/MG. A pauta dos debates girou ao redor da luta contra a ameaça de privatização levada a cabo pelo governo Bolsonaro. O evento aprovou um calendário de lutas, em busca de mobilizar a categoria e unir os movimentos sociais em defesa do caráter público do transporte metroferroviário.

A expansão do metrô de Belo Horizonte, promessa de décadas da parte de diferentes governos, é hoje objeto de uma chantagem do governo federal. A privatização aparece agora como a condição para que haja investimentos nesse sentido. Aliado a grandes empresários interessados em lucrar com o setor, o governo naturalmente ignora a péssima experiência feita com as concessões privadas em diversas capitais do país.

Nesse contexto, a categoria, que já se encontra em estado de greve, busca construir a luta não apenas na defesa de seus empregos e direitos, mas também em diálogo com os usuários e a população trabalhadora. Afinal, se a qualidade do serviço é hoje insuficiente, a expectativa é que com a privatização os preços das passagens disparem e as condições para exigir melhorias se tornem ainda mais difíceis.

No sentido de fortalecer a unidade na luta, o congresso contou com a presença de centrais sindicais, partidos políticos e movimentos, que prestaram sua solidariedade à categoria. A vereadora de Belo Horizonte Iza Lourença, que é bilheteira do metrô, levou o apoio do PSOL à pauta da categoria.

Cabe destacar ainda que, entre outras resoluções, o congresso avançou na regulamentação da organização dos delegados sindicais. Trata-se de um esforço para ampliar a atividade do sindicato junto a base e estimular a formação de lideranças por local de trabalho.

Por sua vez, as mulheres metroviárias também deram um passo fundamental em sua luta. Em um dos momentos mais emblemáticos de debate no congresso, foi aprovado por ampla maioria a definição estatutária de reserva de 30% de vagas na diretoria do sindicato para as mulheres – uma medida que fortalece as condições para que elas estejam e permaneçam na linha de frente da luta, dadas as dificuldades impostas pelo machismo na sociedade.

Confira o calendário de lutas:

– 14/12 (terça-feira) às 6h – Café com o usuário na Estação Eldorado, denunciando o processo de privatização e o impacto para o usuário do metrô.

– 15/12 (quarta-feira) às 14h – Audiência Pública na porta do Ministério Público do Trabalho (Rua Bernardo Guimarães n° 1615, Lourdes). Em defesa da participação do sindicato no debate sobre a privatização da CBTU.

– 16/12 (quinta-feira) às 18h – Assembleia da categoria