Nesta quinta-feira, 25 de novembro, trabalhadores da CBTU de Belo Horizonte realizam assembleia geral extraordinária na Praça da Estação, a partir das 18h, para articular ações contra a privatização do metrô.
Na última sexta-feira, 19, a pedido da categoria, foi concedida liminar que impedia a realização de assembleia pelos acionistas da empresa federal. A ordem judicial foi derrubada na mesma noite, e a assembleia foi realizada na madrugada de sexta para sábado. No encontro, foram aprovadas a cisão da CBTU-BH, a criação da empresa VDMG (Veículo de Desestatização de Minas Gerais) e a destinação de R$ 2 milhões das verbas de construção da linha 2 para pagamento de salários do alto escalão da nova empresa, que foram nomeados na reunião.
Os metroviários destacam que o texto do PLN15/2021, lei federal recém aprovada que destina R$ 2,8 bilhões para a cisão da CBTU, não indica que os valores deverão ser gastos com a ampliação do metrô, dando margem para usos inadequados do dinheiro, à exemplo da prematura garantia de altos salários para as indicações políticas na direção da futura VDMG.
“Somos contra a privatização e achamos um absurdo gastar dinheiro público para dar de presente a empresários. Pela falta de diálogo, a categoria realizará essa assembleia e pode iniciar um estado de greve”, afirma Pablo Henrique, diretor do Sindimetro-MG. “O metroviário entende que o transporte público é direito do cidadão. A mobilidade garante acesso a outros direitos, como educação, saúde, emprego, cultura e lazer. Por isso, defendemos um metrô público, estatal e com tarifa social”, completa.
Para Cacau Pereira, presidente do PSOL-MG, “é de grande importância a mobilização e a solidariedade de outras categorias, pois uma vitória do governo Bolsonaro e Paulo Guedes agora pode significar um avanço na escalada privatista dos governos federal e estadual”.
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