Neste sábado, 13 de novembro, ocorre a Marcha Fora Bolsonaro em Lisboa, com concentração às 15h (hora local), na Praça Luís de Camões. A marcha ocorre durante a visita de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e pretende responsabilizar o parlamentar como cúmplice dos crimes de Jair Bolsonaro, em especial por não ter acolhido até o momento nenhum dos pedidos de impeachment protocolados no Congresso Nacional. A marcha passará em frente ao Consulado do Brasil, terminando na Praça do Rossio.
A convocatória é assinada por várias organizações de brasileiras/os em Portugal, em articulação com a Campanha Nacional Fora Bolsonaro: Coletivo Alvito, Coletivo Alvorada – Aveiro, Coletivo Esquerda em Braga, Coletivo Estrela, Coletivo Revolu, Comitê de Luta Portugal e Núcleo do PT Lisboa. O ato terá batucada, com Baque do Tejo e Baque Mulher, e roda de capoeira.
Desde o início da agenda dos parlamentares em Portugal, atos foram promovidos com o mote “Pressão no Lira”, em frente ao hotel Epic, onde está hospedada uma grande delegação − a diária mais barata no hotel custa R$ 1.500. O evento do dia 11 com Lira foi ciceroneado pelo senador Aécio Neves (PSDB) e comemora os 25 anos de criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. No dia 12, o tema é o agronegócio, com a presença do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
O protesto contra Lira na porta do hotel atraiu não apenas representantes da comunidade brasileira no país mas também a poetiza Elisa Lucinda, que encontra-se em Portugal para a Bienal da Poesia, em Oeiras. Com os olhos cheios de lágrimas, Lucinda não conseguiu ignorar o protesto. “Somos poucos, mas representamos muitos. Os brasileiros estão desolados, os brasileiros estão morrendo, 19 milhões de desempregados, a linha de fome a aumentar imensamente”, disse à Lusa, sem esconder a emoção.
Stefani Costa, jornalista e ativista, deu uma entrevista à Agência Lusa durante o ato, responsabilizando Lira. “Queríamos entender porque não abriu nenhum dos pedidos de ‘impeachment’, de vários partidos, da sociedade civil, de movimentos sociais. A partir do momento que não abre o inquérito é cúmplice de tudo o que está a acontecer”.
Queiroga acuado
Protesto em frente ao hospital Santa Maria, onde ocorreu a aula magna da Faculdade de Medicina de Lisboa.
O ato deste sábado ocorre duas semanas após o protesto durante uma aula magna do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Universidade de Lisboa, com o tema “as ações do Brasil no enfrentamento da Covid-19”. A divulgação da aula magna, proferida por um dos acusados pela CPI da Covid, provocou a imediata reação nas redes sociais e um ato, que fez a palestra, no dia 26 de outubro, ser restrita à internet, horas antes de ocorrer.
Na semana seguinte, no dia 3, apresentações de Adriana Calcanhoto e Gilberto Gil no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, foram palcos de protestos contra o governo, com faixas, discursos e gritos de Fora Bolsonaro. O genocida também foi um dos alvos da marcha pelo clima, realizada em Lisboa, durante a COP 26.
Ato em Madrid
No domingo, 14, um protesto contra Bolsonaro ocorrerá no país vizinho, na Puerta del Sol, em Madrid, a partir das 12h (hora local), exigindo o impeachment.
*Com informações da Campanha Nacional Fora Bolsonaro.
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