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BRASIL

Leia texto do Coletivo Carmem Portinho sobre o Congresso Nacional do PSOL

Design ativista (detalhe)

PSOL se consolida como alternativa de esquerda para o povo trabalhador

Breves linhas sobre o 7º congresso nacional

Atravessamos nos últimos meses um processo rico de debates e polêmicas sobre os rumos do nosso partido no próximo período. Apesar de todas as limitações impostas pela pandemia do novo coronavírus, que segue sendo um desafio às nossas vidas, participaram ativamente de todo o processo congressual cerca de 50 mil filiados e filiadas de nossa agremiação. É um marco importante em relação ao congresso anterior, realizado em 2017.

A carestia, o desemprego, a pilhagem do patrimônio nacional, o avanço da fronteira agrícola e a destruição do meio ambiente, a inflação dos alimentos, a retirada de direitos sociais, os ataques às liberdades democráticas na cidade e no campo, a defesa do direito à vida das mulheres, da população LGBTQIA+, dos povos originários, dos negros e negras, da juventude das periferias… Ufa! Debatemos muito. Mais do que isso: Nosso partido sai desse processo politicamente renovado, com propostas de saídas à esquerda para a crise civilizacional pela qual passamos no mundo.

Derrotar Bolsonaro e o neofascismo é a prioridade de todos nós

Como atuar nessa conjuntura defensiva, que tem em Bolsonaro na presidência a maior expressão do projeto que leva a classe trabalhadora e o precariado para o jugo da morte, foi o que hierarquizou nossas intervenções. Não tenham dúvidas, camaradas: nosso maior desafio nesse momento é derrubar Bolsonaro e sua gangue miliciana, lavajatista, militarizada, fundamentalista, ruralista e do colarinho branco.

Para tanto, continuaremos apostando nas mobilizações populares para derrotar o neofascismo. Nossa bancada federal tem sido um exemplo de atuação no parlamento, um fundamental ponto de apoio do povo pobre e de suas lutas por melhores condições de vida. Precisamos seguir nessa toada para que esta queda se dê antes mesmo das eleições de 2022.

A retirada de Bolsonaro e Mourão do poder é parte, inclusive, das garantias para a realização do processo eleitoral que se avizinha. Os dias 2 de outubro e 15 de novembro serão momentos importantíssimos de demonstração de força da nossa classe, nossos partidos e dos movimentos sociais.

Um governo a serviço da igualdade e da justiça social

Nosso partido acertadamente votou pela realização de uma conferência eleitoral extraordinária no primeiro semestre do ano que vem para tomar as decisões mais importantes sobre a tática eleitoral, política de alianças, entre outros temas. Nosso inimigo maior ainda conta com apoios importantes do capital, do fundamentalismo, do fisiologismo e do lumpensinato das forças armadas e das forças militares auxiliares e não podemos desprezar esse elemento. Por isso, entendemos como acertada a decisão de definir posição sobre candidaturas majoritárias à luz da realidade concreta em 2022.

Os problemas que tivemos no percurso das etapas congressuais foram menores que sua grandeza. Foi correta a posição de realização do congresso, maior instância de deliberação do nosso partido. Na política vale quase tudo, não tudo. E demos a batalha para que o melhor das tradições da democracia operária e do debate fraterno entre camaradas prevalecesse. Sem espantalhos, chicanes ou ataques desleais.

Nosso Coletivo Carmen Portinho esteve de maneira ativa na construção da tese animada pelo Campo Semente, também composto pelas organizações Insurgência, Maloka Socialista, Resistência, Subverta e Viva o PSOL. Juntamente com o PSOL Popular, formado pela Primavera Socialista e a Revolução Solidária, o campo do PSOL Semente formou o bloco PSOL de Todas as Lutas e obteve na etapa nacional cerca de 57% da votação que renovou o diretório nacional. Essa nova maioria tem consigo grandes responsabilidades frente ao próximo período. Tenhamos generosidade entre nós, todos nós do partido.

Marielle vive! Netinho, presente! Viva os lutadores e lutadoras do povo trabalhador brasileiro!