Integrantes da direção do Sindicato dos Metroviários de São Paulo estão desde a madrugada em vigília na sede do sindicato, no Tatuapé, Zona Leste, depois de receberem uma informação de que o metrô e a PM poderiam tentar cumprir a reintegração de posse nesta segunda-feira, 6. Eles permaneceram no local, mas, felizmente, não ocorreu até o momento, nenhuma ação da PM. “Vamos manter uma vigília durante o feriado, e convocamos todo mundo a comparecer ao sindicato na manhã do dia 08”, convoca Camila Lisboa, coordenadora-geral do Sindicato dos Metroviários de SP. O sindicato permanece em campanha e convocou uma assembleia geral, híbrida, para esta quarta, 08, para referendar uma paralisação indicada para o dia 09, em defesa da sede do sindicato, e discutir uma possível greve.
“Vamos manter uma vigília durante o feriado, e convocamos todo mundo a comparecer ao sindicato na manhã do dia 08”, convoca Camila Lisboa, coordenadora-geral do Sindicato dos Metroviários de SP.
A direção do metrô de São Paulo pretende tomar a sede do sindicato, para vender o terreno a construtoras, que ocupam o local há 30 anos e ergueram o prédio. O processo de venda conta com a resistência dos trabalhadores, que vêm realizando atos, ações na Justiça e uma campanha contra o ataque a organização sindical.
A informação de uma operação policial de reintegração mostra a intenção do governo Doria de não negociar. Na semana passada, no dia 31/8, ocorreu uma reunião convocada pelo Comando da Polícia Militar, com o Sindicato, o metrô e o oficial de Justiça designado para cumprir o mandado, além da co-vereadora Silvia Ferraro, da Bancada Feminista (PSOL), e do vereador Antônio Donato (PT). Nesta reunião, a PM informou que pretendia cumprir o pedido de reintegração concedido pela Justiça no dia 4 de outubro e chegou a agendar uma nova reunião em 17 de setembro. Mesmo assim, segundo o sindicato, a direção do Metrô procurou novamente a Justiça, e pediu urgência na reintegração de posse, mostrando que deseja uma desocupação a qualquer custo.
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