No último dia 06/08, a juíza Gabriela Marques Bertoli decretou a prisão preventiva de Paulo Galo e outros três militantes envolvidos com o ato do Borba Gato, no último 24J. Paulo Galo já estava em prisão temporária ilegal e sem qualquer justificativa no ordenamento jurídico brasileiro. Tanto é que o Superior Tribunal de Justiça decidiu pela sua libertação, medida que não foi acatada pela juíza.
A prisão preventiva de Galo e dos outros militantes tem um caráter nitidamente político, inconstitucional e antidemocrático, em mais um péssimo exemplo da justiça no Brasil, que segue privilegiando os ricos e passando por cima da garantia dos direitos fundamentais dos trabalhadores e oprimidos. O atropelo da Constituição e dos direitos fundamentais foi também responsável pela eleição de Bolsonaro em 2018, pela injusta prisão de Lula e pelo grave momento que atravessamos atualmente.
O direito à manifestação política é assegurado a todos pela nossa Constituição e a justiça não pode ser instrumentalizada para fazer valer interesses políticos, sobretudo diante do cenário atual em nosso país, de graves ameaças às liberdades democráticas e provocações golpistas por parte do presidente da república.
O povo de um país construído em base a séculos de escravização de negros e indígenas tem o direito de discutir o passado e reescrever o presente, superando mitos e símbolos racistas que falsificaram a História de acordo com os interesses de uma minoria exploradora e eurocêntrica.
Liberdade para Galo e todos os presos políticos!
Lutar não é crime!
Ditadura nunca mais!
União Nacional dos Estudantes (UNE)
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