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BRASIL

Construir um primeiro de maio de luta e solidário em Sergipe

Resistência – PSOL Sergipe

Com a chegada do primeiro de maio, vamos novamente para as ruas lutar pela nossa sobrevivência, por vacina no braço, comida no prato e Fora Bolsonaro! Em defesa dos empregos e de medidas sociais para garantir a vida! Também repudiamos a perseguição da Polícia Federal ao companheiro Boulos e apoiamos a luta em defesa da Amazônia! Fora Salles! Com os devidos cuidados sanitários, o movimento sindical e popular em conjunto com os partidos de esquerda estão organizando uma carreata solidária que vai percorrer as ruas de Aracaju dialogando com a população e impulsionar uma campanha coletiva de arrecadação de alimentos. Além disso será organizada uma live coletiva com lideranças dos sindicatos e movimentos.

A pandemia continua descontrolada no Brasil e segue em curso o genocídio operado pelo governo Bolsonaro contra o povo brasileiro, principalmente a população negra, nas periferias, expostas nos trabalhos essenciais e sofrendo com o desemprego, a carestia dos alimentos e a violência policial. A CPI da Covid-19 pode ser uma brecha importante na luta pela derrubada do governo e precisa demonstrar os crimes, a responsabilidade do presidente e culminar com o impeachment. Nesse quesito foi vergonhosa a posição do senador Alessandro Vieira, que está seguindo a linha de Bolsonaro de desviar o foco dos crimes da pandemia para os governadores e prefeitos. Sabemos que todos têm responsabilidades e caso existam indícios de corrupção devemos investigar, mas sabemos também que o principal responsável é o presidente.

Enquanto isso, o congresso nacional busca a todo custo atacar os direitos da classe trabalhadora e o patrimônio público. Por iniciativa do Cidadania, Novo e PSL a câmara aprovou que as aulas devem voltar imediatamente, mesmo que funcionários, professores e alunos não tenham sido vacinados. Da mesma forma o congresso quer acelerar a privatização dos correios destruindo essa estratégica e lucrativa empresa brasileira e diminuindo as garantias trabalhistas dos funcionários. Defendemos a volta às aulas somente com vacinação e a não privatização dos correios!

Em Sergipe, o governo Belivaldo segue sem tomar medidas efetivas para a contenção da pandemia, cedendo para os grandes setores empresariais a abertura de todas as atividades durante a semana. Inclusive, sua última decisão junto ao comitê técnico científico – que tem apenas representação empresarial desconsiderando sindicatos e movimentos – voltou a flexibilizar o horário do toque de recolher. Enquanto escrevemos esse texto as taxas de ocupação das UTI’s estão em 95,6% no setor público e 101,6% no setor privado de acordo com os dados oficiais. O governo poderia fazer um lockdown por sete dias, com garantia de medidas sociais efetivas como cestas básicas, isenção de taxa de água e luz, ampliação da renda básica, etc. mas prefere manter tudo aberto, sem ações sociais de fôlego e um toque de recolher que tem se mostrado ineficiente.

Em Aracaju, após um ano de pandemia e muita pressão, diversas carreatas, atos na porta da prefeitura, cobrança das vereadoras da oposição de esquerda, Linda Brasil e professora Angela, diversas campanhas de solidariedade, finalmente a prefeitura de Aracaju anunciou a criação de um auxílio emergencial no valor de R$200,00 por três meses para cinco mil pessoas. Como esperado, um valor insuficiente para a quantidade de famílias em situação de vulnerabilidade social hoje no município. Foi uma vitória importante da pressão popular. Agora precisamos lutar para ampliar o valor e o alcance da renda básica durante a pandemia. Em outra frente precisamos continuar cobrando da prefeitura a fiscalização dos ônibus, pois as grandes empresas continuam expondo os rodoviários e desrespeitando as normas do isolamento social.

Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia é preciso manter firme a organização de base e a mobilização. Não temos outro caminho. Façamos do primeiro de maio um importante dia de luta no Brasil, Sergipe e Aracaju!