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BRASIL

Metroviários do Distrito Federal entram em greve após várias tentativas de negociação

Ademar Lourenço, de Brasília, DF
Reprodução/TV Globo

Nos horários de pico, 14 dos 24 trens estão circulando, por decisão judicial.

Os metroviários do Distrito Federal estão em greve desde esta segunda-feira (19). Entre as reivindicações, está a melhoria dos cuidados sanitários para evitar a contaminação por Covid-19. De acordo com sindicato da categoria (Sindmetro/DF), os trabalhadores não querem aumento, apenas a manutenção de direitos e a assinatura do acordo coletivo. A greve prossegue nesta terça-feira, 20, após decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que determinou a manutenção de 40% dos trens circulando e 60% nos horários de pico.

O Sindmetro/DF informou que a direção da empresa atrasou a abertura das estações no primeiro dia de greve, mesmo com os empregados disponíveis para trabalhar, provocando filas e aglomeração. Para o sindicato, os representantes do governo não estão dispostos a negociar.

No último dia 17, um metroviário morreu de Covid-19 e vários já se contaminaram ao longo da pandemia. Apesar de fazer um serviço essencial, os trabalhadores do Metrô/DF não foram incluídos entre as prioridades para a vacinação. Isto coloca em risco os mais de 150 mil passageiros, que já são obrigados a usar um transporte público lotado todos os dias.

Depois de várias tentativas de negociação, os trabalhadores não tiveram outra alternativa a não ser parar as atividades. A proposta de acordo coletivo apresentada pela empresa inclui várias perdas para os metroviários, incluindo a retirada de cláusulas que já haviam sido acordadas.

De acordo com o Sindmetro/DF, a direção da empresa tem histórico de descumprir decisões judiciais em favor dos trabalhadores e cortou o auxílio alimentação da categoria. Em nota à imprensa publicada na sexta-feita (16), o sindicato avisou que vai enviar contraproposta para os representantes do governo.

A greve do metrô do Distrito Federal é muito importante e insere-se entre as mobilizações de trabalhadores do transsporte e de outras categorias na linha de frente contra a covid, exigindo prioridade na vacinação. Em São Paulo, a mobilização garantiu a inclusão dos metroviários e ferroviários entre os grupos prioritários.