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BRASIL

Cinco motivos para a juventude construir o PSOL

Victória Ferraro e Vinícius Laguzzi*

1 – Prioridade no combate à pandemia e na luta pelo Fora Bolsonaro

Atualmente, a luta mais urgente do PSOL é a defesa das vidas e o combate à pandemia, que em nosso país é potencializada pela política negacionista e genocida de Jair Bolsonaro. Desde o surgimento da Covid-19 no Brasil, o PSOL tem lutado em várias frentes: no Congresso, a partir da sua bancada combativa, em defesa de um auxílio digno para as famílias brasileiras; nas ruas para fortalecer a indignação do povo contra a condução desastrosa do país; nos bairros, organizando campanhas de solidariedade para enfrentar o desemprego e a fome; nas redes, combatendo as fake news do governo e também ajudando a orientar o povo sobre as medidas eficazes e comprovadas no combate ao vírus.

Nós do PSOL entendemos que a pandemia deve ser enfrentada com prioridade, articulação política e embasamento científico, tudo o que não foi feito pelo atual governo. E é por isso que defendemos que ele deve ser julgado pelo povo por seus crimes e omissões. Nós do PSOL, não temos dúvidas de que é necessário colocar um fim na gestão desastrosa de Bolsonaro à frente da Presidência da República.

Na última semana, a direção do partido levantou 6 reivindicações fundamentais pelas quais devemos lutar no próximo período: volta do Auxílio Emergencial de R$ 600,00; aquisição imediata de vacinas; crédito subsidiado a pequenos empreendedores; suspensão completa das atividades não essenciais (lockdown) durante 21 dias em cidades cuja situação esteja crítica; fim das votações de propostas que não estejam relacionadas ao combate à pandemia; retomada responsável das atividades não essenciais onde o contágio mostrar recuo.

Em meio à crise mais grave da nossa geração, construir o PSOL é também fortalecer uma rede de militantes que têm dedicado o máximo de seus esforços para salvar vidas, para fortalecer os laços de solidariedade entre a classe trabalhadora e para combater os genocidas de extrema direita que estão no poder. Nosso projeto é solidário, socialista e aposta na organização e na mobilização do povo para salvar o próprio povo.

2 – O partido de Marielle Franco

Marielle é uma das figuras mais importantes da história brasileira contemporânea. Seu legado, apesar das tentativas de interrompê-lo, foi capaz de revolucionar estruturas e abrir novos caminhos para a superação de atrasos profundos na política brasileira, trazendo cada vez mais mulheres negras para o protagonismo da política. Marielle é semente e inspiração para toda uma nova geração de jovens que querem mudar o mundo.

A mulher negra, mãe, bissexual, socialista e cria da maré foi relatora da comissão responsável por fiscalizar a intervenção militar no Rio de Janeiro em 2018. Seus assassinos fazem parte da mesma rede de milicianos com as quais a família Bolsonaro tem relação e apoiou por tantos anos. É por isso que a luta de Marielle segue impactando o país e é responsável por colocar o governo do genocida Jair Bolsonaro contra a parede, uma vez que escancara as bases que sustentam a extrema-direita no poder e evidenciam sua relação com o submundo das polícias corruptas, dos torturadores e saudosos da Ditadura Militar (1964-1985).

A juventude que luta e sonha tem no PSOL um importante aliado. O partido de Marielle está de portas abertas para essa juventude crítica e criativa que não aceita intimidação de fascistas, conservadores e nem milicianos. Seguimos com o legado de Marielle e com todas aquelas que viram no PSOL uma alternativa para lutar pela construção de um mundo novo.

3 – Feminista, antirracista e LGBTQIA+

O PSOL é um partido profundamente ligado às lutas contra todo tipo de opressão. Somos um partido com diversas lideranças feministas e que coloca em primeiro plano a defesa de um programa para a emancipação das mulheres, que são responsáveis diretas pela reprodução da vida social no capitalismo. O PSOL atua diretamente na construção das lutas feministas em todos as frentes e foi parte ativa de importantes mobilizações recentes, como as greves internacionais do 8 de março, a luta por justiça a Mari Ferrer, a luta em defesa de Isa Penna e contra o assédio na ALESP e o #EleNão.

Em 2018, tivemos como candidata à vice-presidência Sônia Guajajara, liderança da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, e que dedica sua vida à defesa dos povos originários e dos ecossistemas. Sônia protagonizou lutas importantes contra o agronegócio, contra a violência aos povos indígenas e tradicionais e também contra a destruição ambiental. Nosso partido entende que a luta contra a catástrofe ambiental é também centralmente uma luta em defesa dos povos originários, das comunidades tradicionais e suas culturas, contra a lógica capitalista de destruição em busca de lucros.

No PSOL entendemos que o racismo é um elemento estrutural e estruturante do capitalismo. Vivemos em um sistema de produção que foi fundado em bases escravistas e que impôs marcas profundas em nossa sociedade até os dias de hoje. Nosso partido defende que o combate ao racismo estrutural é uma luta contra o capitalismo, que produz e reproduz desigualdades e constrói ideologias para justificar e manter sua dominação ao povo negro.

Acreditamos que o papel do movimento negro é central para derrotarmos Bolsonaro e construirmos outro futuro para o Brasil, onde aqueles que são a maioria do nosso povo possam também ser os protagonistas na construção da sua história, um caminho que é apontado pelas grandes manifestações de Junho de 2020 no Brasil e sobretudo nos EUA, onde o movimento negro foi capaz de derrubar Trump e abrir novos caminhos.

O PSOL tem um histórico de prioridade e protagonismo na luta das LGBTQIA+, seja a partir da atuação de seus parlamentares, seja na construção cotidiana das lutas. Atualmente, o Núcleo ideológico do Bolsonarismo, através da apropriação de postos importantes no Estado, prega o ódio sistemático contra todos corpos e identidades que transgridem a cis-normatividade e a pseudo “família tradicional brasileira”. Mais do que nunca é urgente a defesa e a resistência da comunidade LGBTQIA+ e um dos reflexos dessa luta se encontra nas diversas candidaturas impulsionadas pelo PSOL de mulheres trans e pessoas LGBTQIA+. O reconhecimento de toda forma de ser e amar, a defesa do direito à vida, de empregos dignos, saúde, educação e da segurança para as LGBTQIA+ são bandeiras centrais e permanentes do PSOL.

4 – O Partido de Guilherme Boulos, ligado às lutas e aos movimentos sociais

Em 2018 o PSOL conseguiu um reforço fundamental para suas fileiras: Guilherme Boulos, líder do MTST, o movimento social mais combativo dos últimos anos no país. Com a entrada de Boulos, o PSOL avançou muito em duas dimensões: no crescimento de sua influência política e em sua popularização.

O processo de aproximação entre o PSOL e o MTST é resultado de uma atuação comum junto à Frente Povo Sem Medo e também nas principais lutas do último período, como: o enfrentamento ao golpe contra Dilma em 2016, a luta pelo Fora Temer e contra as suas reformas em 2017, a luta contra a prisão de Lula em 2018, até que o processo foi coroado com a candidatura de Boulos pelo PSOL no mesmo ano.

De lá para cá muitas outras batalhas foram travadas, começando já no segundo-turno da eleição presidencial contra Bolsonaro, depois contra sua agenda reacionária e, posteriormente, genocida, quando do surgimento da pandemia. Em 2020, Boulos e o PSOL chegaram juntos ao segundo-turno das eleições de São Paulo, a maior capital do país, um feito inédito para o partido. O PSOL, mesmo perdendo, saiu com enorme autoridade política e venceu em urnas importantes (todas na periferia da cidade).

Este processo foi fundamental para que a esquerda avançasse em sua construção orgânica nos bairros e quebradas da cidade, um feito que também ocorreu em outros municípios. Em Belém, por exemplo, o PSOL foi eleito para a prefeitura, tendo a chance de construir uma nova experiência de governo de esquerda, popular e socialista, que atenda aos interesses da maioria do povo. E isso já vem sendo feito, como demonstra a prioridade da prefeitura do PSOL no atendimento das famílias via auxílios bancados pela prefeitura.

O PSOL combina a luta institucional à luta de massas, apostando que somente a mobilização popular e a sua auto organização de maneira independente das elites e da direita é capaz de impor conquistas duradouras para o povo trabalhador no Brasil.

5 – A bancada mais combativa do Congresso Nacional

O PSOL é o único partido do país a ter uma Bancada Federal de maioria feminina. Talíria Petrone, Luiza Erundina, Áurea Carolina, Vivi Reis, Fernanda Melchionna e Sâmia Bomfim totalizam 6 das nossas 10 cadeiras.

Somos a bancada mais combativa do Congresso, reconhecida por ser linha de frente na oposição aos ataques contra o povo, como o golpe parlamentar contra Dilma em 2016, a PEC da Morte de Temer que congelou os investimentos sociais por 20 anos, o pacote privatista de Paulo Guedes que aprovou recentemente a Autonomia do Banco Central e o congelamento de salários de servidores públicos federais por 15 anos como chantagem pela volta do Auxílio Emergencial. Até mesmo entre Partidos de esquerda vemos divisões das bancadas dentro da agenda de retirada de direitos, como no caso do perdão da dívida bilionária das igrejas neopentecostais aprovado no ano passado. Não é o caso do PSOL, que vota em bloco pela defesa dos direitos da maioria do povo.

Inclusive, foi de autoria do PSOL o projeto de Lei 2365/20 que garantiu o Auxílio Emergencial em 600 reais por todo o ano de 2020. Não fazemos política baseada em acordões de gabinete, mas de acordo com as demandas e necessidades do povo. É por isso também que o PSOL protocolou o pedido de impeachment popular de Bolsonaro junto com mais de 400 movimentos sociais e Partidos, por entender que a força para derrubar esse governo só pode vir do povo nas ruas.

Os parlamentares do PSOL, além de fazerem a diferença no Congresso, não restringem suas ações à institucionalidade. Nossos representantes, muito pelo contrário, colocam seus mandatos a serviço da luta direta da classe trabalhadora e da disputa da hegemonia da sociedade pela esquerda.

Convidamos você a fazer parte desse projeto. Somos nós, a maioria do povo, de maneira organizada, que poderemos derrubar Bolsonaro e construir um mundo novo. Filie-se ao PSOL, o partido das lutas, da solidariedade e da resistência!

 

*Militantes da Resistência/PSOL e do Afronte