Pular para o conteúdo
BRASIL

A pandemia em Alagoas e a necessidade de medidas mais rígidas para o combate ao vírus

Resistência/PSOL Alagoas
Reprodução

3047. É esse o número de pessoas que tiveram suas vidas ceifadas pela COVID-19 em Alagoas, segundo o Boletim Epidemiológico da SESAU desta última quinta-feira, dia 04. Nesse mesmo dia, foram confirmados mais 576 novos casos. A situação caótica que se avizinha tem reflexo na ocupação de leitos nas UTIs. Alagoas ultrapasso a média  de segurança recomendada pelo Consórcio Nordeste que estabelece o limite de 70% de ocupação dos leitos, chegando a 72%. A capital Maceió está em uma taxa perigosa, de 66%. O Hospital do Coração, em Maceió, já chegou a 100% de ocupação dos leitos pela segunda vez consecutiva.

Essa taxa altíssima de transmissão do vírus já se fazia presente no fim do ano passado, onde a transmissão da COVID voltou a se dar de forma descontrolada. Mesmo com o período de diminuição das mortes e desocupação de leitos  a partir de julho de 2020, o que permitiu ao Governo Estadual algumas medidas de abertura, os levantamentos realizados pela UFAL alertavam para o possível risco de uma nova onda da pandemia no estado, que acabou se confirmando. Isso se reflete na ocupação de 100% dos leitos de hospitais privados como o Hospital do Coração pela primeira vez em dezembro e a suspensão de cirurgias eletivas na UNIMED, também no mesmo mês.

A  variante brasileira, mais transmissível,  já foi detectada em duas pacientes, uma que viajou para o Amazonas, outra que não teve contato com a doença no estado, nem com pessoas infectadas. A suspeita é que a variante já esteja se reproduzindo de forma autóctone, ou seja, sem contato direto com infectados.

O Brasil vive no pior momento da pandemia da COVID que se tem notícia. Temos vacinas, mas em muito pouca quantidade e poucas pessoas imunizadas, vide a política genocida do Governo Bolsonaro e do Ministério da Saúde em não cumprir o Plano Nacional de Vacinação. Temos um negacionismo forte entre a população alagoana, cujo exemplo mais recente foi a morte de uma enfermeira que se recusou a tomar a vacina em Arapiraca. Diante desse quadro, o governo Renan Filho fez uma coletiva nesta quinta-feira, 04, onde Alagoas volta a fase amarela de “distanciamento social controlado”, com redução de 50% dos setores da economia até o dia 11. Recentemente, a prefeitura suspendeu atividades na Rua Fechada até o fim do mês de março.

Consideramos essas medidas ainda insuficientes para conter a propagação do vírus, pois não podemos tratar o vírus como se o mesmo só circulasse fora do horário comercial, enquanto ocorrem aglomerações no transporte público, mantendo a população alagoana em risco.  Essas medidas apenas mostram a submissão do atual governo e prefeitura à Aliança Comercial e Fecomércio, que são resistentes ao fechamento de serviços essenciais e não se preocupam com as vidas dos trabalhadores alagoanos. É um absurdo o empresariado alagoano definir, em ultima instância, os rumos da pandemia e não as recomendações dos cientistas. Não conseguiremos conter o vírus pedindo apenas para que as pessoas “fiquem em casa” sem garantia econômica. Só podemos conter o contágio da COVID no estado com a adoção de um lockdown urgente em Alagoas, com auxilio emergencial para que os trabalhadores não morram de fome e ajuda financeira para que pequenos/médios negócios não venham a falência.

Um lockdown de verdade deve fechar todos os serviços não essenciais, como bares e o comércio, e suspender as atividades presenciais nas escolas públicas e privadas. É importante explicar pacientemente a população a importância dessa medida. Um setor da sociedade ainda é influenciado pela propaganda que diz que lockdown é “morrer de fome”. Devemos mostrar a população que é justamente o contrário. É preservar vidas e empregos.

Somado a isso, a importância da ampliação da vacina para toda a população alagoana e a vacinação imediata dos trabalhadores da educação em Alagoas (professores da rede pública e privada, e funcionários das escolas).

Medidas urgentes para evitar o colapso do sistema de saúde alagoano:

RENAN E JHC, ALAGOAS PRECISA DE UM LOCKDOWN!

AMPLIAÇÃO DO DISTANCIAMENTO SOCIAL!

FECHAMENTO DE SERVIÇOS NÃO ESSENCIAIS PARA CONTER A TRANSMISSÃO DO VÍRUS!

AUXÍLIO EMERGENCIAL PARA OS TRABALHADORES ALAGOANOS ATÉ O FIM DA PANDEMIA! ESTABILIDADE NO EMPREGO ENQUANTO DURAR A PANDEMIA!

AUXÍLIO ÀS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS DURANTE A PANDEMIA!

SE EDUCAÇÃO É PRIORIDADE, VACINAÇÃO IMEDIATA DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO! CONTRA AULAS PRESENCIAIS SEM VACINA E SEM TESTAGEM  DE PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS E ALUNOS!

TESTAGEM EM MASSA EM ALAGOAS!

VACINA PARA TODOS, JÁ! FORA BOLSONARO!

Marcado como:
alagoas / coronavírus