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BRASIL

A luta pelo Fora Bolsonaro em Sergipe e a resistência da classe trabalhadora aracajuana

Resistência/PSOL Sergipe
Foto mostra Bandeira vermelha com letras brancas, onde se lê Fora Bolsonaro

No último sábado, 20 de fevereiro, foi realizada a terceira carreata pelo Fora Bolsonaro em Sergipe. Com concentração no bairro industrial, a militância percorreu as ruas da zona norte e alguns bairros da cidade de Nossa Senhora do Socorro, finalizando o movimento em frente a fábrica da Yazaki, em solidariedade aos trabalhadores que foram demitidos recentemente. A carreata foi muito bem recebida pela população e só foi possível com a unificação de todas as organizações, movimentos e sindicatos que lutam contra a política genocida em curso no país. Mesmo com grande parte da população apoiando a carreata durante o percurso, foi possível perceber que Bolsonaro ainda conta com apoio popular. É fundamental intensificar a agitação e propaganda, buscando dialogar com a classe trabalhadora sobre a importância de derrubarmos esse governo o quanto antes.

Bolsonaro continua sem um plano efetivo de vacinação, quer aprovar uma reforma administrativa que prevê cortes de salário para o funcionalismo, atrasa a aprovação de uma renda emergencial, flexibilizou ainda mais a compra de armas, o que aumenta a violência principalmente contra mulheres, negros, negras e LGBTQIA+, e aplica uma política de dependência da Petrobrás ao mercado internacional, o que vem causando uma forte alta nos combustíveis e gás de cozinha. Por tudo isso e muito mais continuamos firmes na luta pelo Fora Bolsonaro! Sabemos que não será uma tarefa fácil. Não é porque o STF prendeu o fascista Daniel Silveira, que as coisas estão resolvidas. Não devemos nutrir ilusões com o judiciário. Somente o trabalho de base e a ampliação da mobilização unitária podem virar o jogo a nosso favor.

Belivaldo fora do movimento dos governadores pró-vacina

Como o sergipano e a sergipana tem acompanhado, Belivaldo mantém firme sua postura de subserviência e bajulação junto ao governo federal. Foi assim no episódio da inauguração da termoelétrica e também mais recentemente na duplicação da BR-101 em Propriá. Agora, na corrida pela vacina, diversos governadores se juntaram em um movimento jurídico e político para comprar vacinas de outros países, como forma de acelerar a vacinação nos estados. Entretanto, Belivaldo escolheu ficar de fora desse movimento para não desagradar o “chefe”. Sabemos que os estados ainda não tem autorização judicial para iniciar a vacinação paralelamente ou antes que o governo federal, mas é fundamental buscar formas de conseguir essa autorização, uma vez que está nítido que Bolsonaro não quer salvar vidas e está atrasando propositalmente a vacinação. Belivaldo, ao contrário, faz questão de mostrar a todo tempo que não vai se indispor ou contrariar o presidente.

Nesse momento a luta pela vacina é ainda mais urgente. Nos últimos dias, apesar de o governo ter comemorado a queda nos números de covid-19, o fato é que os hospitais Primavera, São Lucas, Cirurgia e São Gabriel já estão com as UTI’s coronavírus superlotadas. Não bastasse termos um governo estadual e uma bancada de deputados federais e senadores em sua maioria alinhada ao governo Bolsonaro, estamos passando por situação de emergência por falta de água em doze municípios sergipanos: Frei Paulo, Monte Alegre, Canindé de São Francisco, Pinhão, Tobias Barreto, Poço Redondo, Carira, Porto da Folha, Poço Verde, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora Aparecida e Gararu. Por essa razão, precisamos de um governo com autonomia e independência diante do governo federal. Como também ampliar o auxílio emergencial estadual que chega para poucas famílias no valor de R$ 100,00 que é importante, mas muito baixo.

Todo apoio à luta dos rodoviários, entregadores de aplicativo e comerciantes! Em defesa da renda emergencial em Aracaju!

Cansados de tanta exploração durante a pandemia, após o anúncio das empresas de retirar o ticket alimentação e o plano de saúde, a categoria rodoviária se revoltou. Motoristas e cobradores paralisaram os ônibus por toda a cidade em protesto contra a diminuição de seus salários. Devemos dar nosso total apoio e solidariedade. As empresas tentaram criminalizar, afirmando que o movimento seria ilegal e com vandalismo. Um discurso antigo e já conhecido dos trabalhadores, mas que não convence, pois a grande maioria da sociedade está apoiando a categoria rodoviária, trabalhadores essenciais que merecem todo nosso respeito e solidariedade.

No mesmo embalo dos rodoviários, também se rebelaram os entregadores de aplicativo e os comerciantes da Cinelândia. Algumas semanas atrás também se manifestaram os trabalhadores do terminal do centro que foram despejados sem alternativa, após vinte anos trabalhando no local. A gestão de Edvaldo segue de forma autoritária, sem abrir o diálogo com os comerciantes e pretende ceder à chantagem das empresas de ônibus aumentando a passagem. Não apresentou ainda nenhum plano de retomada do ensino com as exigências sanitárias, nem fala sobre a criação de uma renda emergencial em Aracaju, que poderia fazer a diferença na vida de milhares de aracajuanos. Não descansaremos enquanto não tivermos nossos direitos, vacina, renda emergencial e emprego!