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BRASIL

Atentado contra co-vereadora Carolina Iara: Instituto Marielle Franco lança site para cobrar investigação

Carolina Burgos, da Redação
Reprodução Instituto Marielle Franco

Nesta quinta-feira (28), o Instituto Marielle Franco, com outras entidades e organizações, lançaram o site ‘Não Seremos Interrompidas’, para cobrar, do poder público, investigação do atentando contra a co-vereadora eleita pela Bancada Feminista do PSOL, em São Paulo, Carolina Iara de Oliveira.

Carol, mulher intersexo, travesti, positHIVa, negra, teve sua casa alvejada por pelo menos dois tiros na madrugada do último dia 26 de janeiro. Ela, a mãe e o irmão se encontravam no local, mas não foram atingidos. O atentado acontece na Semana da Visibilidade Trans. Em imagens de câmeras de segurança é possível ver um carro branco estacionado por volta das 2h da manhã em frente à casa da parlamentar.

Por volta do mesmo horário, foram ouvidos os disparos, segundo relatos de vizinhos. No mesmo dia, Carol e sua família tiveram que sair às pressas de sua residência e já não moram mais no local, como medida emergencial de segurança. As informações foram fornecidas por Carol em depoimento à polícia e também em coletiva de imprensa realizados na tarde desta quarta-feira (27). Com ela, estavam presentes outros parlamentares, ativistas de direitos humanos e integrantes de movimentos sociais de São Paulo. Nas redes sociais, foram postados apoios de organizações, entidades e figuras públicas do Brasil e do mundo, em solidariedade a Carol e em cobrança a uma investigação imediata.

Campanha ‘Não Seremos Interrompidas’

A primeira ação da plataforma “Não Seremos Interrompidas” foi lançada no final de 2020, no caso da Ana Lúcia Martins, primeira vereadora negra eleita em Joinville, segundo informações do instituto Marielle Franco. A estratégia da organização é possibilitar que a sociedade possa pressionar e tornar conhecidos esses casos, para que sejam investigados com acompanhamento de diversas organizações. “Após esse caso, várias outras parlamentares eleitas receberam ameaças semelhantes e iniciamos então uma estratégia de incidência estrutural para cobrar das autoridades um sistema político seguro para todas as pessoas. Agora, dada a gravidade do caso da Carol, voltamos a pressionar publicamente as autoridades para exigir que ela seja protegida”, afirma o instituto.

Como participar

Quem quiser apoiar, é só entrar no site para enviar um e-mail às autoridades. “Vamos mostrar que Carol não está sozinha e que somos muitas pessoas exigindo que ela receba proteção”, convoca da Bancada Feminista.

Vídeo coletiva de Imprensa