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BRASIL

Edmilson toma posse em Belém, com anúncio de um programa de renda mínima

Governo do PSOL anuncia programa de renda, enquanto o governo Bolsonaro encerra o auxílio emergencial

Gizelle Freitas e Will Mota, de Belém, PA
PSOL/Reprodução

Edmilson Rodrigues (PSOL) e Edilson Moura (PT) tomam posse na tarde deste dia 1° de janeiro de 2021 pra um mandato de quatro anos como Prefeito e Vice de Belém (PA). É a única prefeitura dirigida pela esquerda em uma capital brasileira. A posse está sendo transmitida online, e a cerimônia está prevista para ocorrer às 17h.

Os desafios serão enormes, a começar pelo enfrentamento da pandemia em um país dirigido por um negacionista na Presidência da República, mas também pela necessidade de combater o desemprego e a miséria que assolam mais de 100 mil belenenses. Segundo o DIEESE, são mais de 102 mil desempregados na cidade e, pelo CadÚnico, são 121 mil beneficiários do programa bolsa família.

O programa de renda mínima, o Bora Belém, que será anunciado por Edmilson hoje, é um complemento de renda que será feito pela Prefeitura aos cadastrados no programa bolsa família (ou aqueles sujeitos em situação de vulnerabilidade social que estão sem cadastro) até atingir o valor de R$ 450,00, é um alento na atual conjuntura, em que o governo de Bolsonaro põe fim ao auxílio emergencial e se prepara pra uma nova ofensiva de retirada de direitos da classe trabalhadora através da reforma administrativa e do plano de privatizações de Paulo Guedes.

R$ 450,00 por mês é um valor baixo e insuficiente pra uma família viver com dignidade, é, entretanto, uma conquista popular que precisamos defender e da qual devemos partir para lutar para que o governo do Estado e o governo federal façam sua parte no sentido de avançar em um programa de renda permanente que possa efetivamente eliminar a fome e a miséria em nosso país. O Brasil já possui um volume expressivo de produção de riquezas que permite que alcancemos esse avanço civilizatório básico, porém a lógica capitalista que impera na sociedade e no Estado impede essa realização, a exemplo do modelo tributário regressivo existente em nosso país que taxa mais o consumo e os mais pobres em benefício da renda e dos lucros dos super ricos. Ou do mecanismo extorsivo da dívida pública que desvia mais de R$ 1 trilhão todos os anos.

Belém será pelos próximos quatro anos a capital da Resistência ao bolsonarismo e ao neofascismo no Brasil. O governo Edmilson/Edilson, apoiado nos movimentos sociais, pode e deve ser um importante ponto de apoio no enfrentamento nacional dos prefeitos, governadores e do povo brasileiro à política de destruição e morte de Bolsonaro, encabeçando um amplo movimento em defesa da vacina e da manutenção (tornando-o permanente) do auxílio emergencial.

Que venha 2021.