“Pátria acima de tudo, Deus acima de todos”, este é o lema do atual (des)governo encabeçado por Bolsonaro e seus asseclas. A quem agrada? Aos supostos “patriotas” e “cristãos” (em especial os neopentecostais que seguem a Teologia da Prosperidade e uma fé mais emotiva do que racional). Pois bem, se formos analisar esse lema juntamente com os últimos fatos de determinado governo, vemos que nada mais são do que mero uso retórico, visto que o governo não é patriótico e, tão pouco, cristão.
Qual governante de determinado país que, se julgando nacionalista e “patriótico”, prestaria continência para a bandeira de outro país em sinal de servidão? Que nacionalista se daria o trabalho de ser tão servil e bajulador dos interesses de outra nação cujos objetivos mundiais são extremamente imperialistas com países do Terceiro Mundo (no caso o nosso) e competitivo de outras potências no que se refere à hegemonia mundial? Pois bem, o nosso “Presidente da República”, junto com os oficiais das nossas Forças Armadas e auxiliares são lacaios dos interesses estadunidenses no Brasil. Como diria aquela música do Raul Seixas, “é tudo free, vamo embora dar lugar para os gringos entrar…”
Outra parte bem equivocada de determinado lema é o “Deus acima de todos”, mas qual Deus? O Deus dos judeus descrito no Tanakh, que na Bíblia Cristã é o Velho Testamento? O Deus Cristão, que seria o mais provável, que nada mais seria do que a Santíssima Trindade descrito pela doutrina católica e de algumas denominações protestantes? Bem longe disto! O deus do Bolsonaro nada mais é que o deus mercado com uma roupa “judaico-cristã”. Um deus que visa que o sacrifício de vidas humanas para manter a posição de muitos na hierarquia socioeconômica e, é claro, os interesses imperialistas em nosso país.
Sendo o Bolsonaro o principal profeta do fascismo mais crasso, temos um sacerdote do neoliberalismo mais sórdido como um sujeito como Paulo Guedes, que está disposto a vender até a cadeira do Presidente da República se assim for possível. Esse é desmonte que a camarilha eleita em 2018 tem por objetivo.
O que eles pregam? Estado Mínimo! Porém, o que todos nós sabemos é que onde o Estado é mínimo, o crime organizado impera, e daí vemos a atuação da milícias, cujo principal cabeça ocupa o Palácio do Planalto junto com os seus filhos e esposa…envolvidos em crimes extremamente repugnantes.
O resultado é o engrossamento de toda a sorte de males que há muito tempo estão implantados em nossa sociedade: o aumento de crimes relacionados ao racismo, ao machismo, à homofobia e etc, tudo isso contra a população pobre.
Como se não bastasse, a humanidade sofre o flagelo de uma pandemia que vitimou milhões em todo o globo e, no Brasil, não está sendo diferente. Quem precisa de campos de concentração, campos de extermínio e câmaras de gás quando se tem uma doença que pode matar de forma mais dolorosa? O governo preferiu exterminar vidas em nome da economia e acabou sacrificando ambos.
Como lutar contra esse tipo de coisa, visto ainda haver pessoas envenenadas pela rede de fake news tão difundida em 2018 durante o pleito? Fora a onde antipetista que ainda entorpece muita gente.
Diante de tal quadro, o que nós podemos fazer para enfrentar tal situação, visto que quase tudo é semelhante ao que a Alemanha e a Itália viveu durante regimes totalitários e que todos nós sabemos bem o resultado? O que podemos fazer é justamente planejar uma forma de resistência e, assim que possível, uma forma de tirar o governo despótico do poder. Isso demanda ampla participação popular. A oposição deve ter um programa voltado à população, e isso só é possível com a participação da própria população.
Não podemos ficar alheios aos anseios populares, além de sempre estarmos atentos à realidade que a maior parte de população vive. Desse forma, teremos um programa em que toda sociedade composta por trabalhadoras e trabalhadores seja incluída e as suas pautas levadas em consideração. Além do mais, é necessário, nesse convívio, despertar a consciência de classe nas pessoas, através de ações que levem a todos a refletirem seu papel no sociedade. Esse será um começo para a construção de uma resistência concreta diante dos atuais problemas.
*Este artigo reflete as posições do autor e não necessariamente representa as opiniões do Esquerda Online
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