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Os 15 anos do PSOL

Arquivo pessoal

Paulo Pasin

Paulo Pasin é metroviário aposentado do Metrô de São Paulo (SP) e ex-presidente da Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários).

Há exatos 15 anos a Justiça Eleitoral concedia o registro oficial ao PSOL. Um projeto construído no calor da luta contra a reforma da Previdência que o governo Lula realizou em 2004. No combate à política econômica orquestrada por Henrique Meirelles na direção do Banco Central, no desafio de resgatar uma esquerda que não caiu no canto da conciliação de classes, pois sabia que esse caminho construiria um atalho perigoso na história e que a classe trabalhadora, a juventude, as mulheres, a negritude e os povos indígenas pagariam caro por esse erro de escolha estratégica que o governo Lula optara.

Construir um partido de esquerda, amplo, plural, que tivesse em seus princípios fundacionais a independência política da classe trabalhadora e do conjunto dos oprimidos, era naquele momento um desafio difícil mas necessário.

O encontro onde tudo começou foi 15 meses antes, em 06 de junho de 2004, em Brasilia, fundávamos o movimento pela construção do PSOL. Durante quinze meses milhares de ativistas coletaram assinaturas para que o PSOL pudesse ter seu registro legalizado.

Nestes 15 anos o PSOL participou da história das lutas sociais e da luta política com acertos importantes, como a oposição programática ao governos Lula e Dilma e a correta posição de ser contra o impeachment. Representados por candidaturas a Presidência de Heloisa Helena, Plínio de Arruda Sampaio, Luciana Genro, Guilherme Boulos e Sonia Guajajara, marcou seu perfil programático contra a brutal desigualdade, contra o racismo e o machismo estrutural, na defesa da luta LGBTQI+, em defesa dos povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas com a participação da nossa co-candidata a presidente Sonia Guajajara, primeira candidata a vice-presidência indígena na história do país.

O PSOL participou das grandes mobilizações e greves gerais, das manifestações do #elenão e tem sido linha de frente no combate ao crescimento do fascismo e ao Governo Bolsonaro. A derrota e a derrubada do governo genocida de Bolsonaro é hoje a tarefa decisiva que o PSOL se coloca.

E neste momento de pandemia assume o desafio de apresentar-se em centenas de cidades com candidaturas que aglutinam a esperança de milhares na resistência a crise econômica, social e ambiental que nosso país enfrenta por responsabilidade desse governo genocida.

Um primeiro passo na construção desse projeto foi dado. Muito há que ser feito, mas essa primeira vitória demonstra que mesmo em tempos tão adversos podemos vencer, ousar acreditar que outro mundo é possível e urgente.

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