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BRASIL

Auxílio emergencial é um direito: R$ 600 até o fim

Resistência Feminista
Um card roxo. à esquerda, o título do texto. À direita, uma ilustração de uma mulher negra, com um megafone e um cartaz, onde se lê Vida Acima do Lucro!

Quando a maior crise sanitária do último século iniciou no mundo, o país já vivia uma crise econômica de níveis estratosféricos. Os diversos ataques aos direitos trabalhistas e previdenciários não só não resolveram a crise, como a aprofundaram em larga escala.

Diante disso, e sabendo que em todo o planeta os governos tiveram iniciativas de criar formas de que as pessoas pudessem ter uma renda, em meio à pandemia, foi criada a renda básica emergencial em março, com pressão popular. O governo Bolsonaro tentou impor que ela fosse de R$200, os deputados de oposição conseguiram a vitória de mantê-la nos atuais R$600, com mães solo podendo receber 2 cotas da ajuda.

Mas, o mesmo governo que vetou integralmente projeto de lei que priorizaria a mulher como provedora para receber o auxílio emergencial destinado à família monoparental, ou seja, aquela em que a guarda dos filhos ou dependentes seja exclusiva de um dos pais, é o que agora reduz pela metade o valor da renda emergencial (R$300,00).

Em julho, a cesta básica no país chegou a mais de R$512,00, o aluguel em diversas periferias gira em torno desses mesmos R$500. Ou seja, já quando era no valor atual de R$600 muitas famílias precisaram optar entre pagar sua moradia e se alimentar. O que farão com o auxílio reduzido pela metade?

Bolsonaro, desde o início da crise sanitária, tem posto a economia acima da vida, preferindo salvar CNPJ à salvar CPF, mas o que temos visto, em especial em relação à queda drástica do PIB, e com as 120 mil mortes no país, é que ele não tem capacidade de salvar nem um nem outro.

São milhares os que perderam seus empregos no primeiro semestre e já neste início do segundo. Alguns exemplos são os mais de 160 mil professores demitidos nas faculdades privadas no país, ou as 900 demissões anunciadas pela Embraer nesse momento de pandemia. Poderíamos dar diversos exemplos de pessoas que perderam seus empregos ou tiveram suas condições muito precarizadas por conta da combinação das crises e que precisam do auxílio para sobreviver e o governo quer sufocá-las cada vez mais ao diminuir drasticamente o valor e fixar critérios para dificultar ainda mais sua concessão.

Um dos argumentos utilizados seria como financiar os valores dos benefícios. Assim como dissemos sobre o absurdo que é taxar os livros, a solução é manter o auxílio cobrando impostos sobre fortunas e banqueiros. Não é possível que os mais ricos continuem sendo isentos de pagar por suas fortunas e os mais pobres precisem escolher entre morar e se alimentar!

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