Desde 2019 as universidades federais tem sofrido perseguição do governo. Cortes nas verbas, nas pesquisas e nos incentivos foram as primeiras medidas. Além das declarações de que o que fazemos das universidades é apenas “balbúrdia” e das perseguições políticas, já tivemos 4 nomeações de ministros da Educação. Bolsonaro não deixou de mostrar sua veia autoritária quando decidiu ignorar a autonomia universitária das instituições e, desde o ano passado, já interveio em mais de 8 escolhas de novos reitores em diferentes Instituições de Ensino Superior.
Desta vez a que corre maior risco é a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Segundo o MEC, a UFRGS é a melhor universidade do país nos últimos 8 anos, sendo também o 3° maior orçamento do Rio Grande do Sul. Não é pequena a importância da instituição, também reconhecida internacionalmente.
Através do movimento de Bibo Nunes (PSL), deputado federal bolsonarista e lunático pelo RS, o processo de escolha da nova Reitoria corre sério risco de ter o dedo podre de Bolsonaro no meio. Infelizmente, o processo já foi duramente prejudicado com a falta de paridade, que nada mais é que o peso de cada setor da UFRGS na votação: os professores tinham peso de 70% no processo, enquanto os técnicos administrativos e estudantes somente 15%, uma matemática incoerente com a representação e a importância de cada um dos segmentos da UFRGS. Internamente lutamos pela paridade na universidade, mas isso só será possível se não tivermos um interventor bolsonarista no comando!
É hora de defender a Autonomia Universitária e a democracia no país, e denunciar amplamente o caráter autoritário do Governo. Acima de tudo nos cabe lembrar que Bolsonaro quer recuperar as práticas da Ditadura Militar, com perseguição aos estudantes, expurgos dos Professores e quer que a UFRGS sirva como seu laboratório para o país. Não vamos deixar! Resistiremos! A UFRGS é nossa! Não à Intervenção e fora Bolsonaro!
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