Apoie a greve dos Correios, para defender a vida e as condições de trabalho


Publicado em: 19 de agosto de 2020

Movimento

Sonia Lucio, do RIo de Janeiro, RJ

Esquerda Online

Esse post foi criado pelo Esquerda Online.

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Os 100 mil trabalhadores dos Correios em todo o país estão em greve por tempo indeterminado. A greve é uma reação da categoria contra o acordo coletivo de trabalho oferecido pela estatal, que prevê a retirada de 70 direitos do atual acordo coletivo.

Segundo a estatal, a mudança está de acordo com o estabelecido pela CLT. Além de visar uma redução de gastos, à custa da vida dos trabalhadores/as, esse ataque brutal da empresa objetiva favorecer o projeto de privatização.

Conforme expresso na carta das centrais: “Não há justificativa econômica para a venda da empresa, que extraiu de seus negócios um lucro superior a R$ 1 bilhão entre 2017 e 2019 e tende a ampliar o mercado e, por extensão, o faturamento com a expansão do comércio eletrônico. Porém, a ameaça da privatização assombra os trabalhadores dos Correios há muitos anos e se torna ainda mais real, agora, na gestão do Governo Bolsonaro.”

A greve foi definida em reuniões que unificaram as Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios (FINDECT. Esta unidade é decisiva para a sustentação da greve, neste contexto muito desfavorável para a classe trabalhadora brasileira.

Representantes da categoria denunciam que a proposta da empresa liquida com direitos conquistados ao longo de 30 anos de luta, como anuênio, vale alimentação, licença-maternidade de 180 dias, creche, auxílio morte e o pagamento de 30% de adicional de risco.

Os sindicatos reivindicam também urgente melhoria das condições de trabalho. Neste período, devido à pandemia do coronavírus, as compras pela internet cresceram 30%, o que aumentou o serviço postal.No entanto, a empresa além de não promover concurso público para garantir o funcionamento adequado dos Correios, expõe a vida dos trabalhadores e usuários dos serviços. Denuncias divulgadas por servidores demonstram que a sanitização nas agências não está sendo feita por empresa especializada, mas pelos próprios funcionários terceirizados “com água e sabão e sem qualquer proteção contra o vírus”. Fato este, que confirma que a direção dos Correios, ao contrario do que tem propagandeado, não tem compromisso algum com a segurança da população e com o cuidado com a saúde e direitos dos trabalhadores/as, uma vez que a carência de EPIs básicos expõe os carteiros à doença, e igualmente os clientes com quem estes mantêm contatos diretos ou indiretos, com a manipulação de mercadorias e correspondências.

A proposta indecorosa da presidência da empresa de retirar 70 clausulas das 79 do acordo coletivo, aumentou a indignação dos trabalhadores/as e a greve conta com uma ampla adesão da categoria, numa clara demonstração de que não está disposta a perder o pouco que conquistou com muita luta.

Trata-se de uma greve duríssima! Mais do que nunca, o apoio da população trabalhadora,como um todo, dos sindicatos, movimentos sociais e dos partidos da esquerda à categoria dos Correios é absolutamente fundamental.

Os Correios estão presentes em todos os municípios deste país e lembramos que, mesmo com todo o sucateamento, o trabalho prestado pelos ecetistas possui reconhecimento da população. Caso, os Correios venham a ser privatizados, o principal prejudicado será o povo pobre brasileiro, porque nenhuma empresa privada ira querer prestar serviço onde não dá lucro e, atualmente, os Correios mantém o serviço postal em todos os recantos do país.

A vitória desta luta poderá estimular a deflagração de outros processos de resistência importantes, como em bancários e em petroleiros, contra a política privatista e genocida do governo federal e da burguesia .

Apoie a greve dos trabalhadores /as dos Correios, envie vídeos de apoio, proponha à diretoria da sua entidade que debata a questão e encaminhe moções de apoio, divulgue a greve nas redes sociais!

Participe hoje também do twittaço da greve dos correios e ajude subir as hashtags:

#EuApoioAGreveDosCorreios    #NãoAPrivatizaçãoDosCorreios


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