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MUNDO

O MAS exige acção dos poderes políticos e judiciais frente aos ataques da extrema-direita

Publicado pelo Movimento Alternativa Socialista – MAS, Portugal

Nesta terça-feira, dia 11 de Agosto, deputadas, activistas sindicalistas, antifascistas e antirracistas, onde se incluem militantes do Movimento Alternativa Socialista, foram ameaçados através de um correio electrónico que lhes foi dirigido pela auto-denominada Nova Ordem de Avis (NOA).

Nessa carta, essa organização nazi ameaça atacar os visados e as suas famílias se não abandonarem o território nacional nas próximas 48 horas. Esta ameaça é mais um degrau na escalada de ataques que a extrema-direita, alimentada pelo partido CHEGA, tem vindo a executar. Recordemo-nos da parada fascista junto da sede do SOS Racismo ainda há poucos dias.

O MAS expressa total solidariedade com os visados pela ameaça, comprometendo-se a juntar esforços para travar e derrotar esta escória que intoxica e corrói os alicerces para uma sociedade justa, fraterna e solidária.

O MAS exige que Presidente da República, Assembleia da República, Governo, partidos políticos e o Ministério Público façam aplicar a Constituição Portuguesa no que toca à impossibilidade de se constituírem organizações de cariz fascista, racista e xenófobo. Por outro lado, exige que as entidades judiciais actuem na identificação, detenção e julgamento dos envolvidos nestes crimes.

O MAS apela ainda a toda a esquerda e movimento social que se unam na luta antifascista e antirracista para exigir do governo políticas que invistam na criação e proteção de emprego, na subida de salários, no reforço e desenvolvimento do SNS, no apoio às micro, pequenas e médias empresas, no fim dos apoios à banca privada, nacionalizando-a e colocando-a ao serviço do país e não dos fundos especuladores, investindo na redinamização da indústria pública e na sua reconversão ambiental, garantir documentos para todos os trabalhadores imigrantes para não permitir que os grandes empresários os utilizem como chantagem contra os outros. Só direitos e uma política pública que abarque todas e todos permitirá subtrair o ódio alimentado por estes grupos criminosos.

Este ataque revela, mais uma vez, que a saída da extrema-direita para a crise é atacar os representantes dos trabalhadores, do povo pobre e dos oprimidos. Ao seu discurso xenófobo, racista, machista, homofóbico junta-se o ataque físico para destruir as liberdades democráticas e a resistência do povo trabalhador, de todas as cores e nacionalidades, face à crise económica do capitalismo instalada no país e no mundo.

O CHEGA e as suas organizações satélites nazis não são contra a corrupção, nem contra o compadrio político muito menos contra as negociatas dos grandes grupos económicos dos capitalistas portugueses. Antes pelo contrário, têm como objectivo esmagar os trabalhadores, os pobres, os pequenos empresários para daí conseguirem explorar ainda mais. Eles são o braço direito dos capitalistas portugueses negociantes de armas, tintas, material militar, da especulação imobiliária, da banca falida e do dinheiro em offshores. Querem acabar com o Serviço Nacional de Saúde, com a Segurança Social, a Educação pública. Querem acabar com os direitos do trabalho. Tudo para gerar mais lucro para esses capitalistas que os financiam.

O MAS está e sempre estará na frente da luta por uma sociedade livre do ódio, da exploração e da opressão.
Não passarão!