Quase um ano após o golpe que derrubou o presidente Evo Morales, a Bolívia vive sob um chamado “governo de transição” antidemocrático que aprofunda a crise política, social e sanitária do país. Perseguindo e criminalizando seus oponentes políticos, o regime direitista de Jeanine Áñez não conta com apoio popular e busca manter o poder através de ameaças e medidas autoritárias.
O adiamento das eleições foi um destes graves ataques, utilizando-se da desculpa da pandemia para postergar um processo de decisão popular provavelmente desfavorável para Áñez, que hoje está apenas em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais. A hipocrisia deste governo se mostra mais evidente quando se verifica a falta de políticas públicas concretas para o enfrentamento da Covid no país.
Frente a esta situação, a classe trabalhadora boliviana se mobiliza. A Federação de Mineiros leva adiante um grande processo de jornada de lutas em diversas regiões, sendo acompanhada pela Central Operária Boliviana (COB). Em resposta, o governo mobiliza seu aparato de repressão policial e militar contra o povo, aprofundando o impasse que pode ter um desfecho violento.
Desde o Brasil, o PSOL se solidariza com os lutadores e lutadoras bolivianas em sua resistência contra o autoritarismo direitista. Da mesma forma, denunciamos as manobras antidemocráticas do governo de Áñez e prestamos nosso apoio ao Movimento ao Socialismo (MAS) e demais organizações políticas perseguidas no país.
Em defesa da democracia na Bolívia
Garantia de eleições livres e democráticas
Contra a intervenção militar e ameaças golpistas
Pela soberania do povo boliviano
Diretório Nacional do PSOL, 08 de Agosto de 2020.
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