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Especiais

Eleições municipais: sobre as prévias e as tarefas do PSOL em São Luís

Resistência/PSOL MA

O PSOL tem se apresentado nas lutas e no parlamento ao lado dos movimentos sociais, sindicatos e movimentos de combate às opressões, demonstrando disposição para a construção coletiva de uma alternativa política de esquerda que represente as demandas e necessidades do povo pobre e oprimido do nosso país. Uma prova disso é que o partido se afirma enquanto oposição contundente ao governo Bolsonaro e constrói concretamente a luta pela vida, pelo auxílio emergencial e pela manutenção dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

Em São Luís, devemos nos deslocar da forma de fazer política dos grupos liderados pelo PDT, que administram a cidade há mais de vinte anos com as mesmas práticas, impedem a cidade de se desenvolver do ponto de vista social, econômico e cultural, sustentam um cartel no transporte público, manipulam o Plano Diretor da cidade para atender interesses empresariais, segregando e atacando o direito ao território de comunidades da Zona Rural, como o Cajueiro, e atuam contra a educação e os educadores, quando, por exemplo, o prefeito Edvaldo Holanda Jr, em seus dois mandatos, aprofundou a destruição da estrutura física das escolas e congelou o salário dos professores, que estão há quatro anos sem reajuste.

Não podemos repetir os erros históricos dos governos de conciliação de classe

É hora de construir uma alternativa de esquerda, não podemos repetir os erros históricos dos governos de conciliação de classe como fazem o PT e PC do B, que se aliam a partidos com interesse antagônicos ao povo trabalhador e apostam em coligações com partidos da base aliada de Bolsonaro.

Dessa forma, saudamos e defendemos a resolução do Diretório Municipal do PSOL São Luís, aprovada por maioria, que reconhece a importância de o partido apresentar-se com uma candidatura própria nas eleições municipais de 2020, tendo em vista a necessidade de expressarmos um programa de esquerda, que enfrente o bolsonarismo e seus aliados nos estados e municípios, e apresente uma ruptura profunda com as práticas dos políticos tradicionais e se apoie nos movimentos sociais combativos, da juventude e de outras organizações da esquerda.

Neste contexto, surgiram duas pré-candidaturas no interior do PSOL que se postulam para representar o partido na disputa eleitoral para prefeito de São Luís: os companheiros Franklin Douglas e Valdeny Barros. A apresentação dessas duas candidaturas reflete o processo de reorganização do partido no último período, que tem retomado sistematicamente as reuniões do Diretório Municipal, as plenárias com militantes e filiados, estreitando as relações com as lutas da nossa cidade. Por isso, a realização das prévias para escolha do candidato, nos dias 18 e 19 de julho, representa um amadurecimento na construção interna do partido, porque expressa a disposição para estabelecer suas táticas políticas de forma coletiva e democrática. Do mesmo modo, o debate entre as candidaturas, que ocorrerá nesta segunda, 13 de julho, é um importante passo para discutirmos as diferentes posições, ideais e propostas que existem no partido. Importante ressaltar que, levando em consideração a Pandemia de Covid-19, as prévias, mesmo sendo realizadas de forma presencial, por meio do voto em urna, seguirão todas as recomendações dos órgãos de saúde pública, que resguardam a segurança e a saúde das pessoas. O debate será aberto a toda militância do partido e realizado em plataforma virtual.

Nós, da Resistência, corrente interna do PSOL, saudamos as duas pré-candidaturas, achamos que o partido seria bem representado por qualquer dos companheiros na disputa eleitoral à prefeitura. Porém, acreditamos que o companheiro Franklin Douglas tem atuado no sentido de contribuir no processo de reorganização do partido e está em plenas condições de representar o acúmulo político que construímos neste período, inclusive sendo protagonista, ao representar o PSOL na conformação da Frente Fora Bolsonaro em São Luís, que se constitui como uma Frente Única importantíssima na luta contra o fascismo e os retrocessos dos direitos dos trabalhadores, agregando partidos, movimentos sociais, movimentos de juventude e de combate ao machismo, ao racismo e à LGBTfobia, sindicatos e Centrais Sindicais.

Sua candidatura deve apresentar o PSOL como capaz de disputar política e programaticamente os rumos da cidade. Produzindo novos quadros e figuras públicas, localizar o partido como referência para o povo trabalhador e a serviço da luta contra o fascismo e a agenda neoliberal, bem como em defesa das liberdades democráticas e os direitos da nossa classe.