Dia 28 de junho é o Dia do Orgulho LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e aliados), data celebrada e lembrada mundialmente, que marca um episódio ocorrido em Nova Iorque, em 1969. Naquele dia, as pessoas que frequentavam o bar Stonewall Inn, até hoje um local de frequência de gays, lésbicas e trans, reagiram a uma série de batidas policiais que eram realizadas ali com frequência.
O levante contra a perseguição da polícia às pessoas LGBTQIA+ durou mais duas noites e, no ano seguinte, resultou na organização da 1° parada do orgulho LGBT, realizada no dia 1° de julho de 1970, para lembrar o episódio. Hoje, as Paradas do Orgulho acontecem em quase todos os países do mundo e em muitas cidades do Brasil ao longo do ano.
Infelizmente, a perseguição, discriminação e as violências contra pessoas por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero – real ou percebida – não acabou. No relatório ”Making love a crime”, a Anistia Internacional mostra que em 38 países da África, a homossexualidade é criminalizada por lei, e ao longo da última década ocorreram diversas tentativas de tornar estas leis ainda mais severas.
O Brasil deu um passo importante para a comunidade LGBTQIA+ depois que a Suprema Corte decidiu que atos de homofobia e transfobia seriam considerados crime e teriam o mesmo tratamento penal que o racismo, com penas de até cinco anos de prisão, até que o Congresso legisle sobre o assunto. A decisão tomada em pleno mês do orgulho mundial LGBTQIA+, contou com 8 dos 11 juízes votando a favor, em uma decisão esperada desde que o plenário de magistrados começou a debater o tema, em fevereiro do ano passado.
A tese fixada pelo Supremo é válida até que o Congresso aprove uma lei específica
A tese fixada pelo Supremo é válida até que o Congresso aprove uma lei específica, o que continua sem atualização até hoje. Num momento em que o conservadorismo faz força para ganhar espaço no Brasil no Legislativo e no Executivo, a decisão da Corte é mais um lance numa queda de braço que ficou evidente desde a eleição do atual presidente, que já se autodeclarou, no passado, “homofóbico orgulhoso”. Hoje, a Rebelião de Stonewall completa 51 anos. Que Stonewall Inn continue nos inspirando, hoje e sempre!
Ilustração de @Dinamite
Comentários