A tentativa de fechamento da Kostal Eletromecânica, em São Bernardo, é mais um indício de que o plano do grupo de investimento Kostal é aumentar o lucro. Sem compromisso com o emprego dos funcionários e com a qualidade de seus produtos.
A fábrica foi instalada há 42 anos e atualmente funciona com cerca de 300 trabalhadores, a maioria mulheres – o ramo eletromecânico da indústria automotiva costuma destoar dos outros neste aspecto.
As manobras na contabilidade das empresas são comuns. Ainda mais partindo do fato de que se num ano o lucro foi de 6% e no passado 5%. Contabilizam como prejuízo de 1% escondendo que os funcionários tiveram que trabalhar mais por este resultado.
Com a crise acentuada pela pandemia a concorrência entre as empresas está maior e os capitalistas que aumentam seus lucros diminuindo direitos trabalhistas e os explorando mais ainda. Infelizmente são os que estão se sobressaindo e até se expandindo comprando fábricas dos concorrentes.
Um caso recente que foi a venda da Pirelli de Santo André para um grupo chinês (ChemChina). Mostra que neste processo de venda se aproveitam para trocar a mão de obra por outra mais barata, na maioria os mesmos funcionários de antes. Geralmente ficam os mais jovens que ganhavam menos e tem menos experiência na luta por conservação dos direitos e salários. Se aproveitam também para terceirizar mais ainda a mão-de-obra.
A melhor opção para os brasileiros é que esta fábrica fosse expropriada e dirigida pelo estado Brasileiro. Já que até mesmo os comerciantes em torno da fábrica sofrerão com a queda nos salários e demissões. O prefeito Orlando Morando deveria ser o primeiro a impulsionar esta tática como bem lembrado por alguns dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nos atos que estão ocorrendo neste mês de junho.
Como não é mais possível prever a situação de como o mundo estará nem daqui a três meses e uma expropriação e até mesmo uma nacionalização pode não ser possível. O atraso nas negociações da fábrica com greves e passeatas de rua é fundamental. Visto que o possível comprador não vai querer comprar uma fábrica com operários que tenham consciência de que só a luta muda a vida.
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