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MOVIMENTO

Profissionais de saúde fazem manifestação contra demissões em plena pandemia, no Rio

Jorge Alves, do Rio de Janeiro, RJ

Um grupo de profissionais de saúde realizou nesta quarta-feira (3) um ato em frente ao Hospital Federal dos Servidores, no centro do Rio. Organizada pelo Comando de Mobilização da Saúde Federal, o ato denunciou 400 demissões de trabalhadores do setor em meio ao combate ao Covid-19. A atividade foi realizada com cuidados do ponto de vista do distanciamento social.

Mais de 4000 contratos venceram no último dia 31. Descumprindo a liminar da 5a Vara da Justiça Federal, o  Ministério da Saúde dispensou 400 trabalhadores e trabalhadoras, desfalcando o quadro de 6 hospitais e 2 Institutos Federais do Rio. Segundo a DPU, o déficit total da rede soma 8 mil. Em meio ao colapso do sistema de saúde, essa medida é um ataque injustificável a profissionais que vinham arriscando suas próprias vidas na linha de frente. Evidentemente, é também um absurdo do ponto de visto da saúde pública.

“Sem violar os protocolos de distanciamento, denunciamos o descumprimento da liminar que recomenda a renovação dos contratos de trabalho até um concurso público. A Defensoria Pública da União já aponta um déficit de 8 mil profissionais na rede. No momento que mais a população carioca precisa de assistência, o Ministério da Saúde promove a desassistência e ainda deixa pais e mães sem emprego”, denuncia Cintia Teixeira, do Nenhum Serviço de Saúde a Menos, que participou do ato.

O prefeito Crivella já está implementando um plano de reabertura, enquanto Witzel sinaliza igualmente para a flexibilização da quarentena, mesmo sabendo que a curva de propagação da doença segue ascendendo. As demissões na saúde federal colaboram para uma tragédia no Rio nos próximos meses. É preciso seguir apoiando e dando visibilidade a luta das e dos profissionais de saúde, em defesa da vida.