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MUNDO

Peru: cresce o número de mortos mas governo planeja diminuir isolamento social

Da redação

O combate ao coronavirus no Peru passa por um momento muito difícil. Ao mesmo tempo em que mais de 2.500 pessoas morreram pela COVID-19 (números atualizados até 16/05), o governo do presidente Martín Vizcarra (do Partido Peruanos por el Kambio – PPK) planeja relaxar as medidas de isolamento social.

Desconsiderando a subnotificação que ocorre em todos os países, ainda que de forma mais acentuada em alguns, a América Latina ultrapassou neste sábado (17/5) a marca de mais de meio milhão de pessoas afetadas 1. Na região, Brasil, México e Peru são os países mais afetados pela pandemia.

Atualizado com números oficiais até 16/05/2020. Pesquisadores estimam que os números podem ser de 6 à 10 vezes maior em razão da ausência de testes e da subnotificação.

 

Vale ressaltar, contudo, que o Peru tem um território e uma população muito menor do que a brasileira e mexicana. Enquanto o Brasil tem uma população estimada em 210 milhões de pessoas e o México em 123 milhões, o Peru tem cerca de 33 milhões de habitantes.

A situação é mais crítica na Amazônia peruana (cidade de Iquitos, no Estado de Loreto) e no norte do país, embora a capital também enfrente dificuldades. Segundo divulgação do próprio presidente, no mercado de abastecimento de frutas de Lima a cada 5 trabalhadores, 4 estão contaminados.

Apesar da gravíssima situação sanitária, Vizcarra afirma que o país já chegou ao pico da curva de contágio e planeja diminuir as medidas de isolamento social. Com grandes críticas por parte da população, de profissionais da saúde e até de governadores, o Ministro da Saúde Víctor Mesia, por sua vez, está sofrendo enorme pressão para que renuncie.

Mostrando que governa para atender os interesses dos grandes empresários, o governo se aproveitou da pandemia para atacar os direitos dos trabalhadores, enviando uma reforma da previdência ao congresso nacional – que foi arquivada sem sequer ser analisada. Para não sofrer críticas ainda maiores e diminuir a pressão sobre seu ministro da saúde, Vizcarra aceitou a oferta de Cuba e neste sábado chegaram 85 médicos cubanos ao país.

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coronavírus / peru