Nesta sexta-feira, dia 15, o PSOL de Juiz de Fora realizou sua plenária municipal para deliberar sobre a representação na disputa ao executivo na eleição de 2020. A reunião, que aconteceu por vídeo conferência, contou com a participação expressiva de filiadas (os). Após duas horas de reunião, que debateu sobre a conjuntura política do país, de Minas Gerais e de Juiz de Fora, Lorene Figueiredo foi escolhida por aclamação.
Ainda sem uma definição sobre a data do pleito – há possibilidade de adiamento para dezembro – o partido optou por manter seu cronograma de reuniões, visto que, sem uma posição oficial do TSE, segue válido o atual calendário. O Diretório Municipal entende também, que definir agora a pré-candidatura, já permite o partido demonstrar para a cidade que possui um projeto para Juiz de Fora.
Lorene Figueiredo, escolhida para ser a pré-candidata do PSOL à prefeitura é professora da Universidade Federal de Juiz de Fora. Lorene tem graduação em História, posteriormente, nas suas pós-graduação se especializou nas áreas de Educação e Políticas Públicas. É professora desde 1985, tendo atuando nas redes municipal, estadual e privada. Desde 2010 trabalha em universidades federais, primeiro na Universidade Federal Fluminense (UFF) – Campus Santo Antônio de Pádua – e atualmente na Faculdade de Educação da Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Além de ser a pré-candidata à prefeitura, Lorene que se organiza na Resistência, corrente interna do PSOL, hoje é presidente municipal do PSOL, papel que desempenha desde 2018. No período de sua gestão o partido vem acompanhando um forte crescimento, o número de filiados e filiadas triplicou. No mesmo ano que assumiu a presidência, Lorene teve sua primeira experiência de disputa eleitoral, foi candidata a deputada federal com pauta de defesa do investimento nos serviços públicos e na educação.
A organização para as eleições 2020 começou ainda no ano anterior, quando o partido promoveu no fim de 2019 os Seminários de Saúde e Assistência Social, e de Educação, dando início a elaboração do programa para a cidade. A ideia era que os seminários seguissem no início de 2020, o planejamento era que em março fossem realizados o Seminário de Administração Pública e de Mulheres, suspensos devida pandemia e o início da quarentena. Estes dois seminários e os das demais pautas elencadas como prioritárias pela organização partidária serão promovidos pela internet.
Na plenária municipal, o PSOL-JF também decidiu suas tarefas políticas para o próximo período, sendo possível resumi-las em: o enfrentamento a extrema-direita e a defesa dos direitos – as liberdades democráticas, trabalhistas e sociais. O partido fortalecerá a campanha na cidade pelo impeachment de Bolsonaro, como outras campanhas que exijam dos governos medidas de combate a crise social gerada pela pandemia da Covid-19.
Mesmo trabalhando para apresentar uma candidatura própria, o PSOL entende que no primeiro turno das eleições o principal objetivo dos partidos que fazem oposição de esquerda ao governo Bolsonaro deve ser impedir o crescimento da extrema direita na cidade. Com intuito de fortalecer um projeto alternativo de esquerda, a candidatura do PSOL ao executivo quer também auxiliar na eleição do primeiro mandato na Câmara Municipal do partido. O PSOL que elegeu em 2018 sua primeira deputada federal e estadual em Minas Gerais quer repetir o feito na cidade. Reconhecido por, mesmo com uma bancada pequena no Congresso Nacional, o PSOL faz uma forte oposição aos ataques de Bolsonaro à democracia, direitos sociais, meio ambiente e demais temas importantes para a construção de uma sociedade justa e igualitária.
SALVAR VIDAS, NÃO O LUCRO
Cabe ressaltar que, mesmo com tudo exposto acima, entendemos que neste período de pandemia, a prioridade de todos nós é o enfrentamento a Covid-19. Assim, entendemos que a quarentena é uma de nossas armas, e deve ser encarada como um direito. Porém, sabemos também, que o governo federal não vê assim, como demonstrado no atraso e dificuldade ao acesso do auxílio emergencial, nas declarações do presidente de minimizar a doença e de opor ao isolamento.
Desta maneira, devido a paralisação da economia – tão necessária para promover o achatamento da curva de contágio e o sistema de saúde ter condições de atender a demanda – inúmeras famílias vêm sofrendo com a queda acentuada de suas rendas, agravando a pobreza e a crise social. Por isto, ao contrário do que vem fazendo o governo federal, que não tem compaixão pelo sofrimento dos brasileiros, as (os) filiadas (os) ao PSOL de Juiz de Fora, deram informes das campanhas de solidariedade em que estão envolvidos, seja nos sindicatos ou movimentos, que vem promovendo ações de arrecadação e distribuição de alimentos para a população, e a distribuição de materiais de proteção aos profissionais que estão na linha de frente no combate a pandemia.
Por fim, reforçamos nosso repúdio as ações do presidente da República Jair Bolsonaro, tem que se demonstrado, além de um grande empecilho para o eficaz combate ao novo coronavírus, evidencia a cada dia a sua incapacidade para liderar o país na superação deste desafio, e que, portanto, deve ter seu governo interrompido quanto antes por um processo de impeachment. Fora Bolsonaro é urgente e necessário.
*Secretário-geral do PSOL de Juiz de Fora.
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