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RS: Estagiários lançam petição contra suspensão de contratos pela gestão Marchezan

Mais uma vez, o prefeito Nelson Marchezan se aproveita da pandemia para atacar a população trabalhadora e desestruturar o serviço público. Agora o foco são os jovens estagiários: dezenas tiveram seus contratos suspendidos na semana passada

Matheus Gomes

Deputado estadual pelo PSOL no Rio Grande do Sul, Matheus Gomes é historiador, servidor do IBGE e ativista do movimento social há mais de 10 anos. Sua coluna mostra a visão de um jovem negro e marxista sobre temas da política nacional e internacional, especialmente dos povos da diáspora africana.

Prefeito diz combater coronavírus, mas gera aglomeração de trabalhadoras precarizadas

Na semana passada, uma medida do prefeito causou uma das maiores aglomerações que Porto Alegre viu desde o início do coronavírus: centenas de mulheres foram obrigadas a protestar no Paço Municipal, depois do prefeito suspender o convênio com mais de 200 creches municipais e as empresas terceirizadas que as assistiam. Mais de três mil trabalhadores e trabalhadoras foram afetadas, a maioria nas periferias da cidade. Uma mesa de negociação foi instaurada a partir da mobilização, com o apoio de parlamentares como a vereadora Karen Santos (PSOL) e a deputada Sofia Cavedon (PT), porém, a irresponsabilidade do prefeito colocou muitas vidas em risco.

Estagiários merecem respeito!

Os jovens estagiários prestam serviços importantes no dia a dia do serviço público municipal. Um exemplo recente foi o Projeto Verão 2020 da Secretaria de Desenvolvimento Social e Esporte: a maior parte das piscinas que atenderam a população dependeram do trabalho de estagiárias e estagiários. A suspensão da renovação dos contratos em meio a pandemia não leva em consideração que centenas de jovens dependem desse dinheiro para ajudar no sustento de suas famílias. São estagiários de diferentes segmentos, como a assistência social, secretaria de educação, jovens que ajudam a fazer a cidade funcionar atuando nos conselhos tutelares, Centros Comunitários, no CAPS e até mesmo nos hospitais.

A saída dos estagiários dificulta ainda mais a vida dos servidores estatutários. Sabemos que a prática de cobrir furos é normal para quem estagia no serviço municipal, pois, ano após ano, o prefeito deteriora os serviços prestados a população e um dos aspectos centrais dessa política é a diminuição no quadro de servidores – o que é bem diferente no número de CC’s -, substituindo-os por terceirizados e outras formas de administração privada. Não esqueçamos que Marchezan fechou unidades de saúde recentemente!

Não é justo que o Prefeito use a pandemia para agir sobre os mais vulneráveis. Marchezan tem dito que é a hora de todas e todos dividirmos o ônus, mas a verdade é que a corda estoura no lado mais fraco, o povo trabalhador é quem está pagando a conta da crise. Estagiárias e estagiários merecem respeito, precisam ser tratados com dignidade.

A juventude pede a tua ajuda para que os contratos sejam mantidos. Estagiários e estagiárias estão dispostos a cumprirem sua função social em meio a pandemia. O prefeito precisa recuar!

 

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