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BRASIL

Números da Pandemia: Brasil tem o segundo maior ritmo de expansão de mortes por Covid-19

Acompanhe os números da doença nas últimas duas semanas

Sistematização: Gilberto Calil

O quadro reúne os dados dos 15 países com mais de 1.000 mortes registradas, e mais a Coréia do Sul, que já esteve entre os países com maior número de mortes e hoje é o 29º. O cálculo do ritmo de expansão é feito pelo número de mortos, já que o patamar de subnotificação dos casos no Brasil inviabiliza qualquer comparação que considere a evolução do número total de casos.

O ritmo de crescimento no mundo vem diminuindo lentamente. Ainda assim, 2.47 vezes em duas semanas é um índice alto. Espanha e Itália já tem um crescimento inferior a duas vezes, mas ainda assim vem mantendo número expressivo de mortos por dia. Canadá e Brasil tem a pior situação, com um ritmo de crescimento mais de duas vezes superior à média mundial. Os Estados Unidos seguem com o maior número de mortes e de novos casos, em números absolutos. A China retificou seus números e reconheceu mais 1.290 mortes ocorridas em fevereiro, mas incorporadas nos dados oficiais apenas agora (portanto, descontado isto, seu índice real agora seria 1.003x).

O ritmo de crescimento do número de mortes no Brasil, a despeito da enorme subnotificação e da demora nos resultados dos exames, segue elevadíssimo, embora venha diminuindo lentamente nos últimos dias (no cálculo de dois dias atrás era 6.02 e passou a 5.31). Se por hipótese considerarmos que este ritmo se mantenha o mesmo (5.31 vezes em 14 dias), o número de mortes no Brasil atingiria 12.536 em 2/5, 66.570 em 14/5 e 353.491 em 28/5. Não se trata de uma previsão, mas de uma indicação do que ocorreria caso o ritmo não diminua de forma expressiva.