Nessa terça (24), a Petrobrás começou a demitir petroleiros em plena pandemia do coronavírus. Não bastasse estes trabalhadores estarem trabalhando em plena pandemia para garantir o combustível para a sociedade sem condições mínimas da empresa de higiene e prevenção, Bolsonaro e a presidência da Petrobrás estão cruelmente aproveitando o momento para demitir trabalhadores que fizeram greve. Até o momento desta postagem, pelas informações que temos, são seis demissões na P67, cinco suspensões por 14 dias na P66, ambas da base do Litoral Paulista; e duas demissões e quatro suspensões no serviço de controle remoto (SCR) da P55 da base do Espírito Santo.
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Argumentos absurdos
Sem motivos relevantes, a empresa está alegando abandono de posto, sendo que a plataforma havia sido entregue à contingência. Para as punições, alegam que os trabalhadores descumpriram ordem do GEPLAT durante a greve, que inclusive agiu de forma ilegal observando-se a Lei de Greve que institui que qualquer negociação deve ser feita com o sindicato a partir do início da greve.
Ilegalidade
Além de absurda e cruel, as demissões e punições como retaliação a grevistas são ilegais. Ao fim da greve de fevereiro foi firmado um acordo com o TST em que a Petrobrás se comprometia com não demitir nem punir trabalhadores. Um mês após o fim da greve a empresa já está descumprindo o acordo firmado no Tribunal Superior do Trabalho.
Crueldade
Se já não bastasse o cenário de impacto social e econômico que estamos todos enfrentando no Brasil, com o estado de confinamento e o total descaso do desgoverno Bolsonaro diante do Coronavírus, a gestão da Petrobrás aproveita o momento de caos social para atacar com requintes de crueldade trabalhadores que deram suas vidas pela companhia.
Carta ao povo brasileiro
A FNP soltou nos últimos dia uma “Carta à população” denunciando o descaso da Petrobrás com o Coronavírus e as demissões e punições em meio à pandemia. Caso não haja negociação, diante da profunda irresponsabilidade da gestão da Petrobrás, os trabalhadores serão obrigados a discutir a retomada da greve petroleira agora para a preservação da saúde da sociedade e dos trabalhadores e reversão das desumanas punições.
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